O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está avaliando a concessão de crédito para dar liquidez a fornecedores impactados pela crise da Americanas.
Segundo Aloizio Mercadante, presidente do banco estatal, a possibilidade foi discutida em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A nova linha de financiamento teria juros menores do que os praticados normalmente pelo BNDES. Atualmente, o banco usa a Taxa de Longo Prazo (TLP) para calcular os juros do crédito concedido. A TLP, por sua vez, tem indexação pela inflação.
A proposta poderia envolver um redutor para a TLP, o que implicaria, em tese, em algum nível de subsídio pelo banco.
Na semana passada, a Americanas atualizou a lista de credores do grupo e de suas subsidiárias, que agora conta com 9.713 nomes (entre funcionários, fornecedores e instituições financeiras). A dívida acumulada da companhia, segundo o documento, é de R$ 42,5 bilhões.
BNDES e Americanas
Na lista de credores da Americanas está o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição estatal que concedeu R$ 2,4 bilhões em financiamentos à varejista.
Apesar de ser um dos bancos que aparecem entre os que têm algo a receber da Americanas, o BNDES não é credor direto da empresa. A instituição estatal informou que a dívida de R$ 2,4 bilhões conta com a proteção de fiança bancária – ou seja, há um fiador por trás da operação que pagará a dívida.
O BNDES já tinha afirmado não ter exposição à crise na varejista, informação reforçada nesta quarta-feira (15/2) por Mercadante.
“Não temos risco de crédito no grupo”, afirmou o presidente do banco estatal.
