A economia brasileira deve fechar este ano com um crescimento de 3%, de acordo com estimativas divulgadas nesta quinta-feira (21/12) pelo Banco Central (BC). Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação, elaborado pela autoridade monetária.
A projeção anterior do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil era uma alta de 2,9% em 2023 – houve, portanto, um aumento de 0,1 ponto percentual na estimativa para a expansão da economia do país.
A expectativa da autoridade monetária é ligeiramente superior à do mercado financeiro. De acordo com a última edição do Relatório Focus, divulgada no início da semana, a projeção do mercado é a de que o PIB do Brasil avance 2,92% em 2023.
Inflação
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, a estimativa do BC para este ano foi reduzida de 5% para 4,6%.
Segundo o Focus, a inflação no Brasil terminará 2023 em 4,49% – um pouco abaixo do que espera o BC.
Em novembro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação foi de 0,28%, na comparação com o mês anterior. Na base anual, o índice ficou em 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Em 2024 e 2025, a meta será de 3%.
“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução significativa da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior da meta para 2023 (4,75%) que passou de cerca de 67% no relatório anterior para 17% neste relatório”, diz o BC.
Para 2024, de acordo com o BC, a inflação no Brasil deve ficar em 3,5% (mesma estimativa do relatório anterior). Em 2025, a projeção para o IPCA subiu de 3,1% para 3,2%.
