A arrecadação federal com impostos, contribuições e outras receitas registrou uma queda real (descontada a inflação) de 0,34% em setembro deste ano, para R$ 174,316 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2022.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24/10) pela Secretaria da Receita Federal.
Foi o quarto mês seguido com queda real da arrecadação no país. Em agosto, o recuo havia sido de 4,1%. Em julho, o tombo foi de 4,2%.
Portanto, apesar de ter recuado em setembro, o ritmo de redução na arrecadação foi menor do que nos meses anteriores.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 1,691 trilhão, o que corresponde a uma queda de 0,78%.
Em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ativo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, a arrecadação parcial de 2023 é de R$ 1,71 trilhão, ante R$ 1,72 trilhão do mesmo período do ano passado.
O que explica a queda
Segundo a Receita Federal, o recuo na arrecadação em setembro foi causado, entre outros motivos, por “alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tanto em 2022 quanto em 2023”.
“Sem considerar os fatores não recorrentes”, diz a Receita, “haveria um crescimento real de
3,49% na arrecadação do período acumulado e um acréscimo real de 0,31% na arrecadação do
mês de setembro”.
