Depois de recuar para a mínima histórica na véspera, com um tombo de mais de 24%, a ação do Credit Suisse encerrou esta quinta-feira (16/3) registrando forte alta na bolsa de valores de Zurique, impulsionando outros papéis ligados ao setor bancário.
Os ativos fecharam com ganhos de 19,15%, negociados a 2 francos suíços (o equivalente a R$ 11,40, pela cotação atual). Na máxima do dia, as ações do banco saltaram 40%.
No dia anterior, os papéis do Credit fecharam em queda de 24,2%, recuando para 1,697 franco suíço (cerca de R$ 9,70), o pior resultado já registrado pelo banco. Durante a sessão, as ações desabaram 30%.
Nesta quinta, o Credit Suisse informou que pretende tomar empréstimos de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões) junto ao Banco Central da Suíça. A notícia foi recebida com alívio pelo mercado e fez as bolsas de valores da Europa e dos Estados Unidos subirem.
A crise no Credit Suisse
Na quarta-feira (15/3), as ações do banco suíço derreteram após o principal acionista da instituição financeira, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, afastar a possibilidade de fazer aportes no banco, que passa por grave crise.
Na terça-feira (14/3), o Credit Suisse informou ter identificado “fragilidades materiais” em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos. Os problemas teriam sido causados por “controles internos” ineficazes.
Desde o ano passado, o Credit Suisse enfrenta uma grande crise de confiança junto ao mercado. Há rumores de que o banco pode não conseguir honrar seus compromissos financeiros.
