Em comunicado divulgado na noite de terça-feira (11/4), a Americanas anunciou que chegou a um acordo com “alguns credores financeiros” para suspender temporariamente as disputas judiciais em andamento.
De acordo com a nota da varejista, o acordo permitirá que as partes envolvidas concentrem seus esforços na negociação de um plano de recuperação judicial que contemple os interesses tanto dos credores quanto da Americanas.
“A companhia espera que, durante esse período, as negociações culminem em um plano que conte com o apoio da maior parcela possível dos credores da Americanas e que possa ser submetido a uma Assembleia Geral de Credores dentro do prazo estabelecido pela legislação”, diz o comunicado.
Ainda na mensagem divulgada ao mercado na terça, a Americanas informou que seus acionistas Bonsucex Holding e Silvio Tini de Araújo indicaram Luiz Nelson Porto de Araujo, como membro efetivo, e Célio de Melo Almada Neto, como membro suplente, na eleição do conselho fiscal da empresa.
A eleição para o conselho está programada para ocorrer na assembleia geral ordinária da Americanas, no dia 29 de abril.
Bancos
Como antecipado pelo Metrópoles no início da semana, o Itaú e o Santander já haviam fechado um acordo com a Americanas que suspende por 30 dias todos os litígios existentes na Justiça entre os dois bancos e a varejista. O BTG tomou uma decisão semelhante em março. O Bradesco, outro grande credor da companhia, não aceitou os termos da trégua.
A decisão do Itaú e do Santander foi tomada depois que os três acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, concordaram em aportar cerca de R$ 12 bilhões para saldar parte das dívidas da empresa, cujo valor total é estimado em R$ 43 bilhões.
