A Força Aérea de Israel (IAF) divulgou imagens de novos bombardeios na Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (10/5), em meio à escalada de violência na região. Nos registros, representantes do governo israelense descrevem que a operação mirou lançadores de foguetes pertencentes ao grupo armado Jihad Islâmica Palestina (PIJ), ao norte do território.
Na operação mais recente, pelo menos duas pessoas morreram. A ação ocorre em meio aos sinais de que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se prepara para embates prolongados na região de conflito.
“Helicópteros de combate atacaram recentemente uma posição militar pertencente à organização terrorista islâmica palestina no norte da Faixa de Gaza. A IAF continua a visar lançadores e postos adicionais pertencentes à organização terrorista Jihad Islâmica”, diz a legenda do vídeo.
Veja os registros aéreos:
מטוסי ומסוקי קרב תקפו בשעות האחרונות כ-40 משגרי רקטות ומרגמות מוטמנים של הג’יהאד האסלאמי הפלסטיני ברחבי רצועת עזה.
חיל-האוויר ממשיך גם בשעה זו לתקוף משגרים ועמדות נוספות של ארגון הטרור pic.twitter.com/mPy5Nyqtjq
— Israeli Air Force (@IAFsite) May 10, 2023
כלי טיס תקף לפני זמן קצר רכב ובו פעילי טרור שהיו בדרכם לעמדת שיגור רקטות בחאן יונס.
חיל-האוויר ימשיך לפעול על מנת לשמר את ביטחונם של תושבי מדינת ישראל pic.twitter.com/bBIqwOwZSk
— Israeli Air Force (@IAFsite) May 10, 2023
Vítimas civis
A operação mais recente ocorreu horas após ataques ordenados por Tel Aviv matarem 13 pessoas, incluindo três comandantes do grupo armado palestino, nessa segunda-feira (8/8). Após a ação militar, facções palestinas prometeram um contra-ataque unificado.
De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP), cerca de outras 20 pessoas ficaram feridas; entre elas, três crianças e sete mulheres.
Houve uma série de ataques em retaliação a disparos de foguetes vindos de Gaza contra o território israelense. A Jihad Islâmica Palestina (PIJ) afirmou que três de seus comandantes foram mortos nos ataques aéreos.
O grupo prometeu que uma resposta “não demorará muito”. “O bombardeio será respondido com bombardeio, e o ataque será respondido com um ataque”, afirmou um porta-voz da Jihad Islâmica.
A escalada de violência atraiu repúdio internacional, inclusive do governo brasileiro. Em nota, o Itamaraty informou que “tomou conhecimento, com consternação, do bombardeio israelense”, e prestou condolência às vítimas.
“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, já se tenham registrado as mortes de mais de 100 palestinos e mais de 15 israelenses em conflito. Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro apela às partes que se abstenham de ações que levem a uma escalada de tensão”.