O governo da Síria acusa Israel de “inflamar” a situação no Oriente Médio com o objetivo de “deixar de lado seus crimes de guerra e massacres contra o povo palestino em Gaza”.
Mais cedo, o governo de Bashar al-Assad atribuiu a Israel os ataques em Damasco e Aleppo, que deixou os aeroportos de ambas as cidades fora de serviço. As Forças de Defesa de Israel (IDF), no entanto, não confirmaram os bombardeios.
“Este ataque agressivo alinha-se com as tentativas em curso das autoridades de ocupação [israelenses] destinadas a espalhar crises, agravar a situação na região e desviar a atenção dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade, bem como dos massacres que estão a cometer contra palestinianos inocentes na Faixa de Gaza”, disse um comunicado do Ministério das Relações da Síria, divulgado pela mídia estatal do país.
As investidas militares do governo israelense em território sírio são frequentes desde o início da guerra civil no país, em 2011, e tem como principal alvo grupos apoiados por Teerã, como o Hezbollah, com o objetivo de impedir a aproximação do Irã em suas fronteiras.
O bombardeio israelense nos aeroportos sírios seriam os primeiros desde o início do conflito entre Israel e Hamas, que já deixou 2,6 mil mortos e mais de 10 mil feridos.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, um alerta vermelho foi aceso para uma possível escalada no conflito envolvendo outros países e grupos da região. Além do suposto ataque israelense a Síria, bombardeios entre o país liderado por Benjamin Netanyahu e o grupo Hezbollah, no Líbano, também já foram registrados.
