Rússia: pai de menina que fez desenho contra guerra na Ucrânia é preso

Condenado a dois anos de prisão, pai virou réu após sua filha de 13 anos desenhar imagens contra invasão da Rússia na Ucrânia

atualizado 28/03/2023 18:41

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O pai de uma menina russa de 13 anos que desenhou imagens contra a invasão da Rússia na Ucrânia foi condenado a dois anos de prisão nesta terça-feira (28/3).

A Justiça russa informou que o homem, que já estava em prisão domiciliar, está atualmente foragido. A menina de 13 anos pode ter de ir a um orfanato. As informações são do G1.

O tribunal de Efremov, 300 km ao sul de Moscou, anunciou o desaparecimento do réu Alexei Moskaliov nesta terça-feira. Ele estava em prisão domiciliar desde 1° de março.

“O veredito foi lido na ausência do réu, porque ele desapareceu e não compareceu à audiência”, informou a assessora de comunicação do tribunal, Elena Mikhaïlovskaïa.

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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

Moskaliov foi condenado a dois anos de prisão por ter “desacreditado” as forças armadas russas. A sentença foi lida pelo tribunal na segunda-feira. Segundo a assessoria do tribunal, o advogado do réu, Vladimir Bilienko, o viu pela última vez no dia do julgamento.

Entenda

O caso ganhou notoriedade no início de março, quando Masha Moskaleva, de 13 anos, fez um desenho em sala de aula mostrando mísseis russos voando na direção de uma mulher e uma criança com a bandeira da Ucrânia.

Masha desenhou duas bandeiras, uma russa e outra ucraniana. Ela escreveu “não à guerra” na primeira, e “glória à Ucrânia” na segunda. Além disso, uma mulher e uma criança na direção de mísseis da Rússia apareciam no desenho da menina

A professora da menor levou o caso até a diretoria da escola, que acionou a polícia.

Em seguida, as autoridades começaram a investigar o pai da menina e descobriram postagens nas redes sociais contrárias à invasão russa, o que o levou a julgamento por “desacreditar os militares russos”. O homem foi colocado em prisão domiciliar e sua filha foi realocada para uma família de acolhimento, sem contato com o pai.

Outro julgamento que começa no dia 6 de junho vai decidir o destino da menina. O pai, Alexei Moskaliov corre o risco de perder a guarda de sua filha definitivamente.

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