As negociações de paz na guerra da Ucrânia devem ser feitas entre Moscou e os países do Ocidente, e não com Kiev, disse o representante russo durante reunião na Assembleia Geral da ONU, nessa quarta-feira (22/2). Segundo Vasily Nebenzya, a medida seria para evitar uma escalada no conflito, com o envolvimento de membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“A busca para resolver toda essa situação repleta de consequências negativas para toda a humanidade no caso de um confronto direto entre a Rússia e a Otan deve agora ser realizada não mais entre a Rússia e Ucrânia, mas entre a Rússia e o Ocidente coletivo, acima de tudo com Washington, que está por trás do regime de Kiev”, disse o diplomata.
Durante discurso no plenário da ONU, o embaixador da Rússia acusou os países do Ocidente de promoverem uma “cruzada contra a Rússia”, e afirmou que o país liderado por Vladimir Putin busca uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia.
“Estamos prontos para buscar uma solução diplomática séria e de longo prazo para esta crise, e afirmamos isso repetidamente”, destacou.
Apesar de afirmar que a Rússia busca uma solução pacífica para o conflito, Vasily Nebenzya usou o poder atômico da Rússia para provocar países que estão prestando ajuda à Ucrânia. “Nossos oponentes ainda não superaram suas ilusões fúteis de derrotar uma potência nuclear”, afirmou.
ONU se reúne para tratar guerra
Nesta quinta-feira (23/2), a Assembleia Geral da ONU se prepara para votar uma resolução, com um trecho do Brasil, que pede paz “justa e duradoura” na Ucrânia, além da retirada imediata de tropas russas do país liderado por Volodymyr Zelensky.
Nesta sexta-feira (24/2), quando o conflito completa um ano, é a vez do Conselho de Segurança se reunir para tratar da guerra.
