Putin cancela viagem e acusa Ucrânia de ataque inédito na fronteira

Ataque que pode ser atribuído a grupo russo pró-Ucrânia acendeu alertas do Kremlin. Rússia acusa Ucrânia de enviar militares infiltrados

atualizado 02/03/2023 13:11

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Vladimir Putin Contributor/Getty Images

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, decidiu cancelar uma viagem e ficar em Moscou para acompanhar os desdobramentos de um ataque inédito nesta quinta-feira (2/3), atribuído a um suposto grupo russo pró-Ucrânia em um vilarejo na região de fronteira. O Kremlin acusa “militares infiltrados ucranianos” de invadirem o território russo para um ato “terrorista”.

No incidente em questão, cerca de 40 soldados invadiram duas vilas ao lado da fronteira ucraniana, na região de Briansk – ao sul da Rússia –, e abriram fogo contra residentes. Pelo menos uma pessoa teria morrido em razão dos tiroteios, segundo a mídia estatal ucraniana. Kiev nega qualquer envolvimento na ação.

Este é mais um episódio da escalada de violência nos últimos dias, após o marco de um ano do conflito. Em uma disputa de narrativas, Putin acusou ucranianos de ultrapassarem o limite entre os dois países e se “infiltrarem” no território russo.

A mídia estatal de Moscou afirma ainda que civis russos estariam sendo mantidos reféns pelos supostos invasores.

“Este é um ataque de terroristas. Medidas estão em andamento para eliminar esses terroristas”, defendeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Se a informação for confirmada, será a primeira vez que soldados pró-Ucrânia teriam entrado na Rússia desde o começo da guerra, em fevereiro do ano passado.

Do lado da Ucrânia, o conselheiro do presidente Zelensky garante que o ataque em Bryansk foi “uma provocação deliberada” de Moscou.

“A história de um grupo de sabotagem ucraniano na Federação Russa é uma provocação deliberada clássica”, escreveu Mykohailo Podolyak no Twitter. “A Federação Russa quer assustar a sua população e justificar o ataque a outro país e o aumento da pobreza após um ano de guerra.”

Grupo russo

Em vídeos postados nas redes sociais, soldados usando identificação usual da Ucrânia – faixas amarelas nos braços e nas pernas – aparecem fazendo declarações ao lado de prédios da administração local, incentivando um suposto “motim” e chamando os cidadãos da Rússia para a luta.

O vídeo teria sido compartilhado no  canal do Corpo de Voluntários Russos, uma unidade de cidadãos russos e ucranianos que, segundo Kiev, lutam contra o Kremlin.

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