Papa Francisco: “Aposentadoria dos papas não deve se tornar moda”

Papa Francisco criticou renúncias e disse que cargo é vitalício; apesar das críticas, ele não descarta deixar a posição se sua saúde piore

atualizado 19/02/2023 12:00

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O papa Francisco afirmou a 82 colegas jesuítas que renúncias de pontífices não deveriam se tornar “moda” e só poderiam ocorrer em circunstâncias excepcionais. A declaração do do líder da Igreja Católica foi feita nesta quinta-feira (16/2), durante uma viagem à República Democrática do Congo, e publicada pelo jornal italiano La Stampa.

A declaração do papa faz referência a uma mudança de seu posicionamento em relação ao aumento na expectativa de vida e melhorias médicas poderiam aumentar também o número de papas eméritos dentro da Igreja. “Tradições históricas são importantes. Se em vez disso começarmos a nos guiar por boatos, vamos ter que trocar de papa a cada seis meses”, ressaltou.

“Isso não significa, no entanto, que a aposentadoria dos papas deva se tornar, digamos, uma moda, uma coisa normal”, disse. “Ser papa é um cargo vitalício. Não vejo razões pelas quais não deveria ser assim”, afirmou.

Apesar da crítica ao “modismo” da condição de emérito, o papa já disse em diversas ocasiões que não descarta deixar o cargo caso seus problemas de saúde piorem. O argentino sofre de uma osteoartrite, que afeta um ligamento do joelho direito. Além disso, o pontífice já teve parte de um pulmão removido na juventude e tem tem dor ciática crônica.

Em 2021, o papa também passou uma operação no cólon.

Carta de renúncia

Antecipando futuras doenças, o papa Francisco confirmou que escreveu em 2013 uma carta de renúncia ao mais alto posto dentro da Igreja Apostólica Romana. “Fiz isso para o caso de ter algum problema de saúde que me impeça de exercer minha função e não esteja plenamente consciente para renunciar”, justificou-se Francisco aos presentes na viagem que faz à Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.

Em meio às críticas aos eméritos, o papa defendeu seu antecessor, Bento XVI. Ele afirmou que a decisão do então pontífice de renunciar foi um ato de coragem.

Em 2013, Bento XVI tornou-se o primeiro papa a renunciar em 600 anos. Ele alegou que sua saúde mental e física eram frágeis para se sustentar na função. Porém, ele viveu por mais de uma década lúcido antes de falecer, em 31 de dezembro de 2022.

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