Moungi Bawendi, Louis E. Brus e Alexey Ekimov levaram o Prêmio Nobel de Química por seu trabalho sobre pontos quânticos. O russo Ekimov descobriu as propriedades em 1981, enquanto os norte-americanos Bawendi e Brus desenvolveram os conceitos e as aplicações dessas nanopartículas, que de tão pequenas, o próprio tamanho determina suas propriedades.
Uma curiosidade é que a informação foi vazada para um jornal sueco pouco antes do anúncio oficial. Em um e-mail enviado ao jornal sueco Aftonbladet, a entidade deu o nome do trio que descobriu e trabalhou a tecnologia de pontos quânticos, que revolucionou as indústrias, desde a eletrônica de consumo até à saúde.
“Não podemos comentar isto até sabermos o que aconteceu, temos que investigar”, disse a porta-voz da Academia, Eva Nevelius, à AFP. À Reuters, Johan Åqvist, presidente do comitê do Nobel de Química da Academia, afirmou que foi “um erro da Real Academia Sueca de Ciências“. “Nossa reunião começa às 9h30 [horário sueco, 6h30 em Brasília]. Então, nenhuma decisão foi tomada ainda. Os vencedores não foram selecionados”, explicou.
Mas, sim, uma decisão havia sido tomada e, por um erro, os nomes foram enviados antes e confirmados depois.
Os laureados pelo Nobel
Moungi Bawendi é do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, enquanto Louis Brus tem como base a Universidade de Columbia, e Alexei Ekimov trabalha para a Nanocrystals Technology. Eles ganharam o prêmio “pela descoberta e síntese de pontos quânticos”, segundo os relatórios.
Os pontos quânticos são nanopartículas de semicondutores que aumentam o detalhamento de cores em telas. Além da utilização em TVs e telas em geral, as aplicações chegam a painéis fotovoltaicos e equipamentos para medicina de precisão. Eles apresentam aplicação em uma diversidade de áreas, por exemplo, como absorvedores em dispositivos conversores de energia solar, emissores de luz, biomarcadores e sensores fluorimétricos.
De modo bem resumido e “traduzido”, os pontos quânticos são cristais minúsculos, utilizados principalmente em telas de LED, que absorvem certas frequências de luz (em termos leigos, as cores) e transmite outras frequências, de acordo com a necessidade.
