Um barco pesqueiro que transportava refugiados e migrantes naufragou na costa sul da Grécia, na manhã desta quarta-feira (14/6). Segundo a guarda costeira grega, o incidente deixou ao menos 78 mortos. Além disso, outras 100 pessoas foram resgatadas.
O navio afundou em águas internacionais a sudoeste de Pilos, Peloponeso, Grécia. A Guarda Costeira grega estima que cerca de 400 a 450 pessoas poderiam estar no barco antes do naufrágio. Ou seja, no momento, mais de 300 pessoas estão desaparecidas.
No entanto, o Alarm Phone — organização independente de apoio para pessoas que tentam atravessar o Mar Mediterrâneo — relatou que, na terça-feira (13/6), antes do naufrágio, os passageiros informaram que 750 pessoas estavam a bordo do barco pesqueiro. Caso seja confirmada a informação, o número de vítimas e desaparecidos é duas vezes maior.
Há indícios de que o barco partiu de Tobruk, no leste da Líbia, com destino à Itália, de acordo com autoridades. As nacionalidades dos passageiros não foram reveladas oficialmente.
Mas um funcionário do Ministério de Navegação disse à imprensa local que a maioria das pessoas a bordo eram do Egito, Síria e Paquistão.
México: 175 imigrantes ilegais são encontrados em caminhão
Iate começou o resgate
No momento, os sobreviventes do naufrágio estão hospitalizados em Kalamata. Eles foram resgatados primeiramente por um iate registrado nas Ilhas Cayman. Conforme a Guarda Costeira, nenhum dos resgatados usava equipamentos de segurança.
As autoridades gregas e a agência de proteção de fronteiras da União Europeia, Frontex, foram alertadas pela primeira vez sobre a aproximação do navio pela guarda costeira italiana na terça.
Para o resgate, foram mobilizadas seis embacações da Guarda Costeira, uma fragata da Marinha, um transporte militar e um helicóptero da Aeronáutica. Além de diversas embarcações particulares participam das buscas pelos desaparecidos.
A região do Mar Mediterrâneo é uma rota utilizada por imigrantes e refugiados (guerra, perseguição religiosa, etc) do continente africano que buscam encontrar na Europa melhores condições de vida.
