Temperatura global de 2022 ficou 1,15ºC acima da era pré-industrial

Relatório da Organização Meteorológica Mundial alerta que a temperatura média global teve alta significativa nos últimos oitos anos

atualizado 21/04/2023 16:41

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Foto colorida de uma seca extrema - Metrópoles Getty Images/sarote pruksachat

Relatório da Organização Meteorológica Mundial (ONM), divulgado nesta sexta-feira (21/4), aponta que a temperatura média global em 2022 ficou 1,15ºC acima do período pré-industrial.

O levantamento indica que as temperaturas globais apresentam uma alta escalonada, tornando os anos de 2015 a 2022 os mais quentes desde o início da sondagem, em 1850.

Para a ONM, o aumento da temperatura traz como resultado mais secas, inundações e ondas de calor em diversos lugares do mundo. Esses eventos climáticos cada vez mais extremos podem trazer consequências desastrosas para as populações em situação de vulnerabilidade social.

“A seca contínua na África Oriental, chuvas recordes no Paquistão e ondas de calor recordes na China e na Europa afetaram dezenas de milhões, causaram insegurança alimentar, impulsionaram a migração em massa e custaram bilhões de dólares em perdas e danos”, declara o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

A ONM destaca a importância de investimentos no monitoramento climático e também em sistemas de alerta precoce para tentar reduzir os danos humanitários causados pelo clima extremo.

Para a OMM os danos e as perdas econômicas causados pelos extremos climáticos foram avaliados em US$ 30 bilhões e que, até outubro de 2022, cerca de 8 milhões de pessoas foram deslocadas internamente pelas enchentes.

Derretimento de geleiras

Segundo o relatório, “o derretimento das geleiras e o aumento do nível do mar – que novamente atingiu níveis recordes em 2022 – devem seguir por milhares de anos”.

A ONM destaca que o derretimento das geleiras bateram novos recordes na Europa e podem afetar a existência de comunidades costeiras, como Veneza, na Itália; e Bangkok, na Tailândia.

As geleiras, utilizadas como referência para os pesquisadores, perderam em média 1,3 metro de espessura entre outubro de 2021 e outubro de 2022, uma perda superior do que a média dos últimos 10 anos.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris, assinado durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevê esforços para tentar limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5ºC até 2030.

Entretanto, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) indicou que os países precisam ser mais ambiciosos para cumprir o Acordo de Paris e evitar uma tragédia ambiental ainda maior.

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