Medo toma conta de habitantes na Cidade de Gaza após ordem de Israel

Defesa de Israel ordenou que habitantes do norte da Faixa de Gaza deixem a região em 24 horas e sigam para o sul do território

atualizado 13/10/2023 10:44

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Imagem colorida mostra Palestinos saem da Cidade de Gaza após aviso de Israel de que cidadãos civis devem deixar a região em 24 horas - Metrópoles Ahmad Hasaballah/Getty Images

“Ninguém sabe o que fazer.” A frase é de Inas Hamdan, oficial da agência de refugiados palestinos da ONU na Cidade de Gaza, em alusão à ordem das Forças de Defesa de Israel para que habitantes no norte do território fujam para o sul em 24 horas.

Em entrevista à agência de notícias AP, Hamdan relata que a situação na cidade se tornou um “caos”: as pessoas pegam tudo o que podem e fogem. “Esqueça a comida, esqueça a eletricidade, esqueça o combustível. A única preocupação agora é se você vai sobreviver, se vai viver“, afirmou Nebal Farsakh, porta-voz do Crescente Vermelho Palestino na Cidade de Gaza.

Farsakh diz que é impossível evacuar 1,1 milhão de pessoas (número estimado de cidadãos ao norte da região), com segurança, dentro de 24 horas. Como exemplo, o porta-voz citou inúmeros médicos e pacientes que se encontram em hospitais neste momento.

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Um soldado israelense patrulha o local do Festival de Música do Deserto Supernova, depois do ataque do primeiro dia de guerra

Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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Soldados israelenses inspecionam danos causados ​​por estilhaços em uma parede após um ataque com foguete em 12 de outubro de 2023 em Sderot

Leon Neal/Getty Images
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Soldados carregam o caixão de Valentin (Eli) Ghnassia, 23 anos, que foi morto em uma batalha com militantes do Hamas no Kibutz Be'eeri, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, durante seu funeral em 12 de outubro de 2023 no Cemitério Militar Mount Herzl em Jerusalém, Israel

Alexi J. Rosenfeld/Getty Images
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Pessoas rezam no funeral de Moaz Raed Odeh, Hassan Muhannad Abu Srour, Musab Abdel Halim Abu Rida e Ubadah Saed Abu Srour, que foram mortos quando soldados israelenses abriram fogo na aldeia de Kasra, em Nablus, Cisjordânia, em 12 de outubro de 2023

Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images
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Uma explosão em uma torre residencial causada por ataques israelenses no norte da Faixa de Gaza em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza, Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Cidadãos palestinos inspecionam os danos às suas casas causados ​​pelos ataques aéreos israelenses em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Palestinos enchem recipientes com água potável de um veículo de distribuição de água, em meio à crise hídrica causada pelo cerco israelense à Faixa de Gaza

Mohammed Talatene/picture Alliance via Getty Images
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A fumaça sobe enquanto unidades de artilharia israelenses e obuseiros estacionados na zona militar lançam ataques durante o sexto dia de confrontos em Sderot, Israel

Mustafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

A expectativa é que Israel, além dos bombardeios aéreos, promova uma invasão terrestre em uma das áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, após o massacre contra civis promovido pelo grupo extremista Hamas desde o último sábado (7/10).

A confusão é ainda maior porque a autoridade do Hamas para os Assuntos dos Refugiados afirmou que os habitantes do norte devem “permanecer firmes nas suas casas e permanecer firmes ante esta repugnante guerra psicológica travada pela ocupação”. Com colapso das linhas telefônicas, indisponibilidade de internet na maior parte do tempo e falta de energia, os cidadãos não sabem como se informar com segurança.

“Até agora, as pessoas acreditam que isto é uma espécie de guerra psicológica, não querem acreditar”, afirmou Safwat al-Kahlout, repórter da rede Al Jazeera. “Em termos práticos, 1,1 milhões de pessoas não têm instalações suficientes para se deslocarem. Como poderão deslocar-se? Burros? Eles não têm burros suficientes. Carros? Não há carros suficientes. Não há combustível para os veículos circularem há sete dias”, acrescentou al-Kahlout ao site.

Pela “segurança” dos civis da Cidade de Gaza

O aviso dos militares israelenses foi direcionado a funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), civis que ocupam abrigos da ONU e civis em geral. No comunicado, as Forças de Defesa dizem que a saída deve ser feita para “segurança” dos próprios cidadãos, porque Israel planeja “operar significativamente na Cidade de Gaza”.

“Vocês só poderão retornar à Cidade de Gaza quando for feito outro anúncio permitindo isso. Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel”, continua o texto israelense.

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