Mauro Vieira: brasileiros em Gaza sairão neste sábado pelo Egito

Novo planejamento foi necessário após a ordem das forças israelenses para todos os civis deixarem Gaza até o início desta noite

atualizado 13/10/2023 21:32

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Márcio Batista/MRE

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, nesta sexta-feira (13/10), que os brasileiros na Faixa de Gaza poderão deixar a região pelo Egito neste sábado (14/10). A proposta do governo do Brasil é levar de ônibus os repatriados até um “aeroporto muito próximo da fronteira”.

Depois, os brasileiros deverão embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ainda em território egípcio — hoje, essa aeronave está em Roma, na Itália, à espera de autorização para seguir até o Egito. “É a única forma de sair”, comentou o ministro sobre o novo planejamento.

Diferentemente de outros voos feitos pela FAB nesta semana, desde a escalada da violência no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, esse foi impactado pela ordem das forças israelenses para todos os civis evacuarem a Faixa de Gaza.

Eles tinham 24 horas, que acabaram no início desta noite. A determinação indica uma possível invasão das tropas israelenses por terra.

imagem colorida de mapa - metrópoles

“Desânimo” com tempo de saída

Mauro Vieira declarou “desânimo” com o tempo dado pelas forças israelenses para a evacuação de civis na Faixa de Gaza e as repercussões dessa saída. O pronunciamento ocorreu nesta sexta-feira (13/10), após a sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito armado entre Israel e o grupo Hamas.

“Recebemos com desânimo a notícia de que as forças israelenses pediram que todos os civis — mais de 1 milhão — no norte de Gaza deixassem o local em 24 horas. Conforme declarado pelas Nações Unidas, isso pode levar a níveis de miséria sem precedentes para civis inocentes”, afirmou Vieira.

O ministro também se posicionou a favor de um corredor humanitário no local para a remoção de mais civis e entrada de suprimentos. “O objetivo imediato é claro e imediato: evitar mais derramamento de sangue e perda de vidas, e tentar garantir o acesso humanitário urgente e livre às áreas afetadas”.

O mesmo pedido havia sido feito na quinta-feira (12/10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao falar no telefone com o presidente de Israel, Issac Herzog.

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Cidadãos palestinos inspecionam danos em casas causados ​​por ataques aéreos israelenses em 13 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Equipe forense observa enquanto um contêiner refrigerado contendo os corpos de cidadãos israelenses mortos durante os recentes ataques do Hamas é aberto, durante uma visita às instalações que identificam o falecido em 13 de outubro de 2023 em Ramla

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aberta uma vista geral de uma fileira de treze contêineres refrigerados contendo os corpos de cidadãos israelenses mortos durante os recentes ataques do Hamas, durante um passeio pelas instalações que identificam os falecidos em 13 de outubro de 2023 em Ramla, Israel

Leon Neal/Getty Images
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O exército israelense envia dezenas de tanques e veículos blindados junto com militares para a área da fronteira de Gaza em Sderot, Israel, em 13 de outubro de 2023

Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Milhares de seguidores do influente clérigo iraquiano Moqtada al-Sadr participam de um comício na Praça Tahrir em uma demonstração de apoio aos palestinos contra os ataques aéreos israelenses retaliatórios na Faixa de Gaza

Ameer Al-Mohammedawi/picture Alliance via Getty Images
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Palestinos deslocados de suas casas como resultado de ataques israelenses em 13 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Palestinos inspecionam edifícios destruídos após ataques aéreos israelenses enquanto os combates entre tropas israelenses e militantes islâmicos do Hamas continuam

Abed Rahim Khatib/aliança de imagens via Getty Images
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A fumaça sobe enquanto unidades de artilharia israelenses estacionadas na zona militar lançam ataques durante o 7º dia de confrontos em Sderot, Israel, em 13 de outubro de 2023

Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images

Reunião acabou sem consenso

A reunião do Conselho de Segurança, nesta sexta-feira, se encerrou sem consenso para um texto final sobre os civis em Israel e na Faixa de Gaza. Mauro Vieira comandou a agenda, já que o Brasil ocupa a atual Presidência do grupo.

O encontro de hoje foi o segundo desde a retomada dos conflitos entre Israel e o Hamas. O primeiro também acabou sem resolução para a guerra.

Mortos, feridos e reféns

A guerra já ultrapassou a marca de 3 mil mortos, com óbitos registrados em Israel, Palestina e Cisjordânia. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6 mil devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do Hamas.

Além disso, as forças de Israel notificaram a existência de ao menos 120 reféns nas mãos do grupo extremista. Os capturados estariam na Faixa de Gaza.

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