O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu neste domingo (14/5) que “não deve haver impunidade” na guerra entre a Rússia e Ucrânia. A declaração ocorreu em visita de Volodymyr Zelensky a Paris. O líder ucraniano faz novo tour pela Europa em busca de apoio no conflito que se arrasta há mais de um ano.
Em longo comunicado, Macron explicou que os dois fizeram um “balanço das necessidades operacionais da Ucrânia para lidar com a agressão russa”. Ele anunciou reforço no armamento e envio de veículos de guerra terrestres e aéreos.
“Não deve haver impunidade. Para levar os perpetradores de crimes de guerra à Justiça, juntamente com a Ucrânia, reafirmamos nosso apoio às investigações do Tribunal Penal Internacional”, escreveu.
“Devemos também garantir que os políticos responsáveis sejam processados”, prosseguiu.
Em março, o Tribunal de Haia emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin, acusado de ser responsável por crimes de guerra na Ucrânia. O presidente russo é denunciado por deportações e transferências ilegais de crianças de áreas ocupadas na Ucrânia por forças russas.
Visita à Europa
Zelensky está em novo tour pela Europa, em busca de reforço no apoio da comunidade internacional contra o governo de Vladmir Putin. Ele esteve na Itália e na Alemanha, antes de desembarcar na França na noite deste domingo (14).
Zelensky visita a Alemanha após encontrar o papa na Itália
Por motivos de segurança, cada etapa do giro de Zelensky no exterior é mantida em segredo. Os rumores sobre a visita a Paris começaram a circular durante a tarde deste domingo e só foram confirmados no início da noite pela presidência francesa.
Macron defendeu ainda a realização de uma Cúpula Mundial pela Paz, organizada nos próximos meses. Segundo ele, o projeto que deve prevalecer no encontro é o Plano de Paz da Ucrânia, “que prevê uma série de objetivos importantes nos quais a França já está trabalhando”.
“Termino esta mensagem homenageando a determinação e a coragem do povo ucraniano e das forças armadas: vocês não estão apenas defendendo sua Nação atacada pela Rússia, mas também contribuindo para a segurança de nosso continente, a Europa”, finalizou o francês.
