O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, afirmou nesta terça-feira (27/6) que o melhor caminho para garantir a paz é estar preparado para a guerra.
“Os bielorrussos contemporâneos tiveram a sorte de nascer e viver sob um céu pacífico. No entanto, militares como nós sabem muito bem que uma vida pacífica é o resultado de um trabalho árduo diário”, disse o líder de Belarus durante uma cerimônia militar.
Lukashenko, conhecido como o “último ditador da Europa”, rebateu críticas e afirmou que sua forma de governar proporcionou paz para Belarus. “Todos os dias, por quase 30 anos, tenho me preparado para a guerra com vocês. Talvez seja por isso que hoje vivemos sob um céu pacífico”, disse.
A declaração controversa do líder bielorrusso coincide com o momento em que a tensão na região aumentou significativamente.
Neste mês, Belarus recebeu armas nucleares vindas da Rússia em um acordo que acendeu o alerta da comunidade internacional. Além disso, Lukashenko atuou durante o motim do grupo Wagner, no último fim de semana.
O presidente bielorrusso aceitou receber o chefe da organização paramilitar como exilado e mediou um acordo com Yevgeny Prigozhin,
A mudança de Prigozhin para Belarus provocou agitação em países vizinhos. A Lituânia, uma das nações membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pediu que a aliança reforce a segurança na região. Polônia, Finlândia, Letônia e Estônia, que fazem fronteira com o país liderado por Lukashenko, também expressaram preocupação com o exílio de Prigozhin na região.
