Ministro da Defesa de Israel: “2023 não é 1943. Somos poderosos”

Yoav Gallant esteve na Otan, comparou ataques à 2ª Guerra, chamou o Hamas de "Isis de Gaza" e disse que país vai destruir grupo extremista

atualizado 12/10/2023 9:10

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Imagem colorida do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na OTAN - Metrópoles Reprodução/Ministério da Defesa de Israel/Elad Malka

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, levou um acervo de vídeos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quinta-feira (12/10) para mostrar as atrocidades praticadas pelo grupo extremista Hamas ao país. Além disso, ele também proferiu uma série de fortes afirmações, que vão de comparar o Hamas ao grupo terrorista Estado Islâmico (Isis) e ressaltar que eles serão destruídos.

“A Isis de Gaza não existirá em nossas fronteiras. As Forças de Defesa de Israel irão destruir o Hamas”, escreveu Gallant em suas redes sociais, durante o evento.

Gallant comparou o Hamas ao grupo terrorista islâmico Isis, e disse que são uma organização “selvagem” e “apoiada pelo Irã”. “Hamas é Isis”, afirmou durante o evento. “Nós vamos abater cada homem com o sangue de nossas crianças em suas mãos”, garantiu.

O ministro levou uma série de vídeos fortes dos ataques de Hamas em Israel, além de prover informações sobre o que houve com mulheres, crianças e idosos. Ele ressaltou ainda que o povo judeu não seria morto massivamente, como no Holocausto promovido pela Alemanha dominada por nazistas, com a 2ª Guerra Mundial e os campos de concentração.

“Nós fomos atacados fortemente. Mas não se enganem: 2023 não é 1943. Nós somos os mesmos judeus, mas temos capacidades diferentes. O Estado de Israel é forte. Nós somos unidos e poderosos”, exaltou Gallant.

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A fumaça sobe quando o Ministério das Relações Exteriores da Palestina alegou que Israel usou bombas de fósforo em seus ataques a áreas povoadas na Cidade de Gaza, Gaza, em 11 de outubro de 2023

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Civis e membros de equipes de defesa civil conduzem operações de busca e resgate para salvar pessoas dos escombros de um prédio desabado atingido durante um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza

Belal Khaled/Anadolu via Getty Images
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Soldados israelenses em um tanque são vistos perto da fronteira Israel-Gaza

Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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Homens palestinos confortam uns aos outros enquanto inspecionam o bairro devastado de Karama após o bombardeio israelense na Cidade de Gaza

Mohammed Talatene/picture Alliance via Getty Images
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Territórios Palestinos, Cidade de Gaza: Homens palestinos deixam o bairro de Karama com seus pertences, após um bombardeio israelense no bairro da Cidade de Gaza

Mohammed Talatene/picture Alliance via Getty Images
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Soldados israelenses participam de uma caçada humana a um homem armado enquanto os combates entre as tropas israelenses e os militantes islâmicos do Hamas continuam

Ilia yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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Um residente gesticula em torno de edifícios destruídos e destroços no bairro de Al-Karama após um ataque aéreo israelense que dura cinco dias na Cidade de Gaza

Ashraf Amra /Anadolu via Getty Images
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Os combates entre soldados israelenses e militantes islâmicos do Hamas continuam na área fronteiriça com Gaza

Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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Um homem chora perto de um cadáver ao redor de edifícios destruídos e destroços no bairro de Al-Karama após um ataque aéreo israelense que dura cinco dias na cidade de Gaza, Gaza, em 11 de outubro de 2023

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

O ministro ainda disse ter ido de casa em casa, visto os corpos das pessoas sobreviventes do Holocausto, que foram queimadas vivas durante os ataques. “Havia crianças amarradas e baleadas. Sim, eu repito: crianças amarradas e baleadas”, enfatizou. “Garotas foram estupradas violentamente, sequestradas ou mortas. São levadas para Gaza sob comemoração, enquanto sangue escorre por suas pernas”, complementou.

“Um festival de música pacífico, com 3 mil pessoas, virou um banho de sangue. Uma dúzia de cidadãos de seus países foram mortos ou sequestrados”, concluiu o ministro aos companheiros da Otan, durante reunião.

O objetivo de Israel

Do ponto de vista diplomático, as afirmações do ministro israelense Gallant demonstram uma tentativa do país ganhar apoio no combate ao grupo Hamas, devido principalmente ao papel principal da Otan, que é defender mutuamente os países-membros.

No sexto dia seguido de conflito no Oriente Médio, o ministro de Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que não haverá retorno da eletricidade ou de água até a recuperação dos reféns. “Ajuda humanitária em Gaza? Nenhuma energia será religada, nenhum hidrante de água será aberto, e não entrará combustível nenhum até que os reféns israelenses sejam entregues em casa”, assegurou.

Enquanto Gallant busca por alianças, a diplomacia brasileira tenta resgatar os brasileiros que ficaram em meio ao conflito, sendo a primeira nação a realizar tentativas de repatriação no Oriente Médio.

O Brasil ainda tenta repatriar brasileiros que estão em meio ao conflito na Faixa de Gaza, e que solicitaram por repatriação. Contudo, Israel bombardeou uma das passagens pelas quais essas pessoas teriam acesso ao Egito via terra. Assim, o Brasil foi obrigado a remanejar essas pessoas para um local seguro e solicitar que o país não atacasse aliA expectativa é que o Brasil repatrie até 905 brasileiros até domingo (15/10).

Na última quarta-feira (11/10), o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o Brasil é o primeiro país a fazer a repatriação em território israelense. Ele também destacou os esforços e as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no objetivo de não deixar nenhum brasileiro para trás. “[Lula] Tem orientado para que não fique nenhum brasileiro, e para que possamos apresentar condições a todos que desejam voltar”, afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que, diante da guerra no Oriente Médio, que o conselho “se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”. Ele pediu ao conselho da Organização das Nações Unidas (ONU) um cessar-fogo no conflito.

Otan

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), é uma aliança militar intergovernamental, formada por 30 países. Foi criada com base no Tratado do Atlântico Norte, que foi assinado em 1949 e, em suma, seus membros concordam com a defesa mútua em resposta a ataques.

Seu objetivo é garantir a segurança e liberdade dos países-membros.

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