Israel nega visto a subsecretário da ONU para “ensinar uma lição”

Segundo embaixador de Israel na ONU, recusa de visto veio após secretário-geral da ONU criticar ações do país contra palestinos

atualizado 25/10/2023 8:49

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Imagem colorida mostra Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU - Metrópoles David Dee Delgado/Getty Images

O governo de Israel negou um visto ao chefe de assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, por causa dos comentários feitos pelo secretário-geral António Guterres em relação às ações na Faixa de Gaza. Guterres chamou a retaliação israelense aos ataques terroristas do Hamas de “punição coletiva do povo palestino”.

“Devido às suas observações, recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU. Já recusamos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, afirmou o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan (foto principal), em uma rádio militar.

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António Guterres, secretário-geral da ONU, fala durante uma conferência de imprensa em frente à passagem da fronteira de Rafah

Mahmoud Khaled/Getty Images
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O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, inspeciona suprimentos de socorro dos Emirados Árabes Unidos no Aeroporto Internacional de El Arish, antes de sua visita à passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

Gehad Hamdy/picture alliance via Getty Images
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A ONU tem trabalhado na ajuda humanitária aos palestinos que vivem na Faixa de Gaza

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Caminhões entraram em Gaza com ajuda humanitária

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Hospitais de Gaza estão sobrecarregados com feridos após ataques de Israel

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Soldados israelenses patrulham perto da fronteira de Gaza enquanto o confronto entre o exército israelense e as facções palestinas continua em Nir Oz, Israel

Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

É mais um passo nas tensões diplomáticas entre Israel e a ONU. O país chegou a pedir a demissão de Guterres, após o secretário-geral dizer que os “ataques terríveis” do grupo extremista Hamas não poderiam justificar a “punição coletiva do povo palestino” e que havia o mundo estava testemunhando em Gaza “claras violações do direito humanitário internacional”.

Guterres criticou Israel

Em discurso na ONU, Guterres afirmou que “nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o rapto deliberados de civis ou o lançamento de foguetes contra alvos civis”. Por outro lado, exigiu que todos os reféns nas mãos do Hamas fossem tratados de forma humana e libertados imediatamente.

Em palavras duras, o secretário-geral argumentou que o ataque a Israel não aconteceu do nada, mas veio de “56 anos de ocupação sufocante” dos territórios palestinos por  Israel. “Eles viram as suas terras serem continuamente devoradas […]. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação vêm desaparecendo”, concluiu.

Gilad Erdan qualificou o discurso de Guterres de chocante, e que o secretário-geral deveria renunciar. “Ele vê o massacre cometido pelos terroristas nazis do Hamas de uma forma distorcida e imoral”, disse em entrevista.

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