As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter recuperado o corpo de uma refém próximo ao hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, que é alvo de uma operação militar. De acordo com comunicado, a vítima foi identificada como Yehudit Weiss (foto em destaque).
De acordo com as tropas, o corpo estaria em uma “estrutura adjacente” ao complexo hospitalar . O corpo já teria sido transferido ao terrtório de israelense pelo próprio exército. “Na estrutura em que Yehudit foi localizada foi encontrado equipamento militar, incluindo rifles Kalashnikov e RPGs”, diz a nota.
“Após um processo de identificação conduzido por médicos militares e pessoal do rabinato, em conjunto com o Instituto de Medicina Forense e a Polícia de Israel, nesta quinta-feira, representantes da IDF e da Polícia de Israel informaram a família de Yehudit Weiss, que foi sequestrada de sua casa em Be’eri em 7 de outubro pela organização terrorista Hamas, que foi declarada morta”, afirma a nota de Israel.
Operação no hospital
Desde a última quinta (15/11), as FDI realizam uma operação no maior hospital de Gaza, o al-Shifa. De acordo com as tropas, na unidade foram encontradas armas e equipamentos militares do Hamas.
O porta-voz Jonathan Conricus acredita que os materiais encontrados são apenas “a ponta do iceberg”. “O mais interessante do que descobrimos é que está totalmente confirmado, sem qualquer dúvidas, que o Hamas usa, sistematicamente, hospitais em sua operações militares”, ressaltou.
As tropas disseram ter abatido cinco membros do grupo Hamas em confrontos no local.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA, do inglês), Martin Griffiths, disse estar “horrorizado” com a ação.
“Estou horrorizado com as informações sobre operações militares no hospital Al-Shifa de Gaza. A proteção dos recém-nascidos, pacientes, profissionais da saúde e de todos os civis deve ter precedência sobre todas as outras questões”, escreveu.
O Hamas e funcionários das autoridades de saúde em Gaza negaram que o grupo extremista estaria lá. Mas as FDI garantem que há indícios, como os encontrados no Hospital Rantisi, no início desta semana.
Apenas 4 libertações
Até o momento, o Hamas libertou apenas quatro reféns dos mais de 200 feitos em 7 de outubro. Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan, mãe e filha, respectivamente, foram as primeiras a receberem liberdade, em 20 de outubro. Ambas têm cidadania americana, e estavam em Israel para visitar um parente, quando foram capturadas.
Judith e Natalie foram entregues à Cruz Vermelha Internacional e, após isso, se encontraram com tropas de Israel. O Hamas informou, em um comunicado, que elas foram liberadas por motivos humanitários e para contrariar acusações do governo dos EUA.
Em 23 de outubro, o grupo libertou outras duas mulheres, de nacionalidade israelense, que foram identificadas como Nurit Yitzhak, 79 anos, e Yochved Lifshitz, 85, e teriam sido liberadas pelo grupo por razões humanitárias. Ambas saíram da Faixa de Gaza para o Egito.