Nesta terça-feira (22/3), o governo do Irã rechaçou um relatório divulgado pelo Departamento de Estados dos EUA sobre a situação dos direitos humanos no país, e classificou o documento como “sem fundamento”.
Segundo a agência estatal Mehr, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Nasser Kanani, afirmou que o Irã respeita suas obrigações em relação aos direitos humanos, diferentemente do que foi divulgado pelo governo norte-americano.
O relatório, publicado pelo governo dos EUA na última segunda-feira (20/3), acusa o governo iraniano de desrespeitar uma série de direitos humanos durante o ano de 2022, onde o país foi tomado por protestos após a morte da jovem Jina Mahsa Amini, de 22 anos. As manifestações contra o regime do aiatolá Ali Khamenei foram fortemente reprimidas pelo governo, que deteve manifestantes e chegou a realizar execuções públicas de pessoas envolvidas nos atos.
Apesar das denúncias de ONGs e até mesmo da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo do Irã negou as acusações do relatório divulgado pelos EUA, e disse que o governo norte-americano finge se importar com a situação dos direitos humanos no país, mas os viola impondo “todo tipo de sanções cruéis, ilegais e unilaterais contra o povo iraniano”.
O chanceler iraniano ainda acusou o governo dos EUA de não respeitar os direitos humanos, principalmente ações em relação a cidadãos negros, repressão de manifestantes e “tratamento desumano de refugiados”.
