Centenas de franceses se reuniram na mesquita Ibn Badis, em Nanterre, município a noroeste de Paris, em homenagem a um jovem de 17 anos baleado por um policial nesta semana. Desde a data de sua morte, a capital francesa vem sendo foco de protestos. Somente na noite dessa sexta-feira (30/6) 1.300 pessoas foram presas.
A pedido da família, não houve presença de câmeras no local, para evitar uma possível “interferência midiática”, segundo os advogados da família do jovem.
O carro funerário deixou a casa funerária por volta de 12h. De acordo com a agência AFP, uma grande multidão se reuniu na mesquita, e, depois, seguiu para o cemitério de Mont-Valérien para o enterro.
Protestos
A noite dessa sexta foi marcada por lançamento de projéteis contra viaturas e, na outra ponta, gás lançado por policiais. Forças de segurança mobilizaram mais de 45 mil policiais e veículos blindados em várias cidades da França para os atos.
O governo do presidente Emmanuel Macron acionou reforços policiais e fez um discurso apelando aos pais dos jovens presentes nas manifestações. O presidente também pediu o que chamou de “responsabilidade” a plataformas de redes sociais.
A onda de protestos começou nesta semana depois que Nahel foi atingido por um tiro à queima-roupa disparado por um policial em Natenrre, oeste da capital Paris. Nahel foi abordado durante uma blitz.
A premiê francesa, Élisabeth Borne, disse que estuda “todas as opções” caso a onda de manifestações ameace a segurança, como um possível estado de emergência.
