EUA veta proposta do Brasil na ONU para conflito entre Israel e Hamas

Texto foi aprovado por 12 países do Conselho de Segurança da ONU, mas veto dos EUA enterrou proposta que previa pausas humanitárias

atualizado 18/10/2023 13:11

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captura de tela de representante dos EUA na ONU - Metrópoles Reprodução/ONU

Os Estados Unidos vetaram a proposta do Brasil para uma resolução sobre o conflito entre Israel e Hamas em reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (17/10).

A representação dos EUA justificou o veto por causa de uma mudança no texto da proposta, a de incluir um pedido de cessar-fogo imediato. Essa alteração foi feita pela Rússia.

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Israel continua a enviar soldados, tanques e veículos blindados perto da fronteira de Gaza em Ashkelon, Israel, em 16 de outubro de 2023

Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023

Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Belal Khaled/Anadolu via Imagens Getty
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Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023

Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images
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Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Rahim Khatib/Anadolu através da Getty Images
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Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023

Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images

No placar geral, 12 países votaram a favor da proposta brasileira, Rússia e Reino Unido se abstiveram e apenas os EUA votaram contra. A representação dos Estados Unidos argumenta a necessidade de uma cláusula sobre o direito de Israel se defender. Membros permanentes do conselho têm poder de veto, independentemente do resultado da votação. Os EUA são membro permanente.

Países que votaram a favor do texto brasileiro: Albânia, Brasil, China, Emirados Árabes, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

O presidente norte-americano, Joe Biden, se encontrou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta (18/10).

Proposta brasileira na ONU

Entre as propostas do texto do Brasil, está a adoção de “pausas humanitárias para permitir o acesso humanitário rápido e seguro”.

A proposta da diplomacia brasileira também previa a revogação imediata da ordem de evacuação das áreas ao norte da Faixa de Gaza e enfatizava a necessidade de fornecer eletricidade, água, alimentos e medicamentos para a população civil de Gaza.

Outro ponto que estava na proposta brasileira era a libertação imediata e incondicional dos reféns civis, sequestrados por integrantes do Hamas no dia 7 de outubro.

“Preocupação humanitária”, diz chanceler

Em coletiva no Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comentou sobre o veto à proposta brasileira. Segundo ele, os membros do Conselho de Segurança da ONU pediram uma resolução que fosse mais “palatável para todos”. “Isso foi feito”, apontou o chanceler.

“Eu continuei em contato com a nossa equipe em Nova York e apresentamos, depois de intensas e múltiplas consultas, um texto que foi aceito por 12 dos 15 membros”, frisou Vieira.

Segundo ele, o texto focava no fim das hostilidades para a abertura de um corredor humanitário e estabelecia possibilidade de envio de ajuda. “Infelizmente, não foi possível aprovar essa resolução. Ficou claro uma divisão de opiniões, mas acho que do nosso ponto de vista e do governo brasileiro fizemos todo o esforço possível para que cessassem todas as hostilidades e parassem o sacrifício humano”, ressaltou Mauro Vieira.

“A nossa preocupação foi humanitária neste momento, e cada país tem a sua inspiração própria”, concluiu o chanceler.

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