Coreia do Sul quer aumentar jornada de trabalho de 52 para 69 horas

Medida na Coreia do Sul foi anunciada no início da última semana e deve ser submetida à aprovação da Assembleia Nacional até julho

atualizado 14/03/2023 11:43

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Jung Yeon-Je - Pool/Getty Images

A Coreia do Sul anunciou uma reforma no sistema de trabalho do país, que eleva o número de horas semanais de 52 para 69. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o povo-sul coreano é um dos que mais trabalham, com carga horário de em média 1.915 horas por ano.

Segundo a agência de notícias Yonhap, a medida acontece após pedidos de empresas que alegam dificuldade em cumprir prazos com a atual jornada de trabalho dos funcionários. O governo afirmou que a reforma significaria maior liberdade na hora de o funcionário escolher quando trabalhar ou folgar.

De acordo com o ministro do Trabalho, Lee Jeong-sik, a medida possibilitaria que funcionários transformassem horas extras em férias ou programar jornadas mais ou menos longas dependendo da carga de trabalho da época.

“[O plano] beneficiará os trabalhadores com vários sistemas de horário de trabalho, como uma semana de trabalho de 4 dias e um mês sabático, ao mesmo tempo em que ajudará as empresas a gerenciar sua força de trabalho”, afirmou Lee Jeong-sik durante a apresentação da proposta.

O Ministério de Trabalho disse que a nova reforma obrigaria um descanso de 11 horas entre os turnos, além de determinar um limite de horas trabalhada por mês, trimestre e ano. A medida também prevê restrições de trabalho por mais três semanas de 60 horas consecutivas.

Após a apresentação da proposta, o Partido Democrata – oposição do atual governo – afirmou que as novas leis poderiam desencadear uma onda de desemprego no país, com empresas podendo compensar demissões com maiores jornadas de trabalhos aos que permaneçam produzindo.

Presidente se pronuncia

Após a apresentação da nova reforma, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, pediu que a proposta fosse revisada antes que fosse enviada para a Assembleia Nacional, quando o plano será submetido a aprovação até julho após o público apresentar suas opiniões sobre o projeto.

O chefe de estado sul-coreano pediu que as novas gerações fossem ouvidas, principalmente a geração MZ, termo coreano para se referir aos millennials e a geração z.

Contudo, o primeiro-ministro Han Duck-soo foi enfático ao ser questionado se a decisão do presidente representava uma reconsideração total da reforma proposta para a jornada de trabalho semanal na Coreia do Sul. “De jeito nenhum”, respondeu à impressa local. “Nada mudou no quadro original”.

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