Coreia do Sul aprova lei que proíbe comercialização de carne de cães

O texto foi aprovado nesta 3ª (9/1) pelo Parlamento da Coreia do Sul. A prática de consumo de carne canina é bem tradicional no país

atualizado 09/01/2024 10:34

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Imagem colorida de cachorro - Metrópoles Getty Images

Foi aprovado pelo Parlamento da Coreia do Sul, nesta terça-feira (9/1), uma lei que proíbe a criação, abate e venda de cães para consumo de carne. A prática é bem tradicional no país e ativistas dos direitos dos animais a consideram extremamente vergonhosa.

A lei foi aprovada com 208 votos a favor e nenhum contra, durante Assembleia Nacional. Quem criar, matar e vender a carne de cachorros para consumo será punido com até três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (110 mil reais).

O texto entrará em vigor após um período de espera de três anos, porque depende da aprovação final do Presidente Yoon Suk Yeol.

Tradição

A utilização de carne de cães faz parte da culinária sul-coreana há anos. A estimativa é que o consumo chegue a um milhão de cachorros por ano. Recentemente, esse número vem caindo em paralelo com o aumento de adoções desses animais como pets.

Atualmente, comer carne de cachorro é um tabu entre os jovens urbanos da Coreia do Sul. Os ativistas dos direitos dos animais também passaram a pressionar o governo para que houvesse a proibição da prática.

O Presidente Yoon e a primeira-dama Kim Keon Hee, apaixonados por animais, adotaram diversos cães e gatos de rua. Eles deram apoio à apelação e criticaram abertamente o consumo de carne canina.

“A maioria dos cidadãos coreanos rejeita comer cães e quer ver este sofrimento restrito aos livros de história, e hoje os nossos políticos agiram decisivamente para tornar isto uma realidade”, disse o diretor executivo da Humane Society International/Korea, JungAh Chae, através de um comunicado.

9 em cada 10 não comeriam carne de cães

Uma pesquisa divulgada por uma organização de bem-estar animal, na segunda-feira (8/1), aponta que nove em cada dez pessoas na Coreia do Sul não comeriam carne canina no futuro.

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Houveram outras tentativas de impedir o comércio de carne de cachorro, mas parte dos agricultores que criavam esses animais para consumo se opuseram à proposta.

Cerca de 1.100 fazendas criam centenas de milhares de cães anualmente. A carne é servida em restaurantes de todo o país, segundo dados do governo.

A carne canina é considerada uma iguaria de verão na Coreia do Sul devido a crença de que sua carne vermelha e gordurosa aumenta a energia e ajuda a resistir ao calor.

A nova lei contempla compensações a esses negócios para que possam se dedicar a outras atividades.

 

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