Golpistas em Burkina Faso dizem ter sofrido “tentativa de golpe”

Junta militar que governa Burkina Faso afirmou que "oficiais e outros" tentaram tomar o poder, mas golpe acabou sendo frustrado

atualizado 28/09/2023 9:26

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Imagem colorida mostra militares golpistas de Burkina Faso lendo um comunicado na TV do país - Metrópoles Anadolu Agency/Getty Images

Militares que comandam Burkina Faso desde 2022 afirmaram, na noite dessa quarta-feira (27/9), que o atual governo sofreu uma tentativa de golpe de Estado no dia anterior, mas foi frustrado pelos serviços de inteligência e segurança do país.

Segundo o comunicado, que não deu muitos detalhes sobre o que aconteceu, alguns “oficiais e outros” foram os responsáveis pela tentativa de derrubada da junta liderada pelo capitão Ibrahim Traoré e acabaram detidos posteriormente.

Caso a tentativa de tomada de poder fosse bem-sucedida, esse seria o terceiro golpe militar no país em cerca de 1 ano e 8 meses.

A aventura golpista aconteceu um dia após militares que governam Burkina Faso suspenderem a revista francesa Jeune Afrique, acusada de publicar informações falsas sobre o Exército. De acordo com dois artigos recentes, alguns militares estariam descontentes com o governo de Ibrahim Traoré, e a tensão aumentava dentro dos quartéis.

Histórico de golpes

A atual junta militar que governa Burkina Faso chegou ao poder há um ano em um movimento enraizado na história do país, localizado na África Ocidental. Desde a independência da França, em 1960, o país já sofreu nove golpes de Estado e reflete uma realidade que se espalha por nações da faixa do Sahel, que acumula casos semelhantes.

Cinturão golpista

Além de Burkina Faso, Mali, Guiné, Sudão e mais recentemente o Níger sofreram golpes militares, somando oito derrubadas de poder em um período de três anos. O Gabão, que não faz parte do Sahel, se juntou à lista recentemente com a deposição de Ali Bongo do poder.

Mergulhados em uma crise política e em alguns casos, humanitária, as recentes mudanças na África também movimentaram grandes atores internacionais, como França e Rússia.

Após a chegada dos militares ao poder, alegando em seus discursos a dificuldade na luta contra jihadistas na região, que virou um reduto de grupo extremistas nos últimos anos, governos se voltaram contra os franceses. 

A Rússia, então, se tornou uma opção não só de novos laços diplomáticos, como também de segurança. O Grupo Wagner, muitas vezes ligado ao Kremlin ainda que o governo russo negue qualquer tipo de relação com os mercenários que eram liderados por Prigozhin, virou uma opção de ajuda na luta contra grupos extremistas da região.

 

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