O presidente dos Estados Unidos (EUA) Joe Biden pediu, nesta sexta-feira (31/3), que o governo da Rússia liberte o repórter detido sob a acusação de espionagem pelo Kremlin. As autoridades russas alegam que ele foi pego “atuando como agente do lado americano”.
Ao deixar a Casa Branca, Biden disse: “Deixe-o partir”. A prisão do jornalista aflora ainda mais a tensão diplomática entre os EUA e a Rússia. O presidente respondeu a perguntas sobre se iria expulsar diplomatas russos após o caso com: “Esse não é o plano agora”.
Nessa quinta-feira (30/3), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que as acusações de espionagem são “ridículas” e que não há evidências para acreditar nas alegações.
Enteda o Caso
Evan Gershkovich, repórter do The Wall Street Journal, foi detido pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FBS) nessa quinta, acusado de espionagem. Medida pública mais séria contra um jornalista estrangeiro desde a invasão russa à Ucrânia.
Segundo o órgão sucessor da KGB, o repórter, que trabalhava no escritório de Moscou do jornal, foi pego “atuando como agente do lado americano” na cidade de Yekaterinburg. E teria coletado “dados ultrassecretos sobre a atividade de uma empresa do complexo militar industrial russo”.
Após a prisão de Gershkovich, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o trabalho do jornalista americano, assim como toda a “mídia estrangeira”, era acompanhando diariamente pelo governo russo.
O The Wall Street Journal negou as acusações contra Gershkovich e, assim como Biden, pediu a liberdade imediata dele. “O Wall Street Journal nega veementemente as alegações do FSB e busca a liberdade imediata de nosso confiável e dedicado repórter”, declarou o jornal.
