Assassino do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe é indiciado no Japão

Yamagami Tetsuya, acusado de matar Shinzo Abe, pode ser condenado à morte por homicídio e violação das leis de controle de armas do país

atualizado 13/01/2023 10:16

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Ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe Franck Robichon/Pool/Anadolu Agency via Getty Images

Yamagami Tetsuya, de 42 anos, foi indiciado nesta sexta-feira (13/1) pela procuradoria japonesa pelo homicídio do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe (na imagem em destaque). O crime aconteceu em julho de 2022. O acusado foi declarado apto a ser julgado pelo crime após passar por exames psiquiátricos, diz a imprensa local.

Shinzo Abe foi morto a tiros enquanto realizava um comício na cidade de Nara, região central de Honshu, no Japão. Yamagami Tetsuya foi preso imediatamente e passou meses sob avaliação psiquiátrica.
O assassino de Shinzo Abe responde por homicídio e violação das leis de controle de armas do país, uma das mais rígidas do mundo. Se condenado, pode enfrentar a pena de morte. A Procuradoria não se pronunciou sobre o caso às agências internacionais.

Motivação e igreja

Yamagami explicou, em depoimento, que matou o ex-primeiro-ministro por considerar que o político teria vínculo com a Igreja da Unificação. O grupo religioso teria levado a família do rapaz à falência após as doações generosas feitas por sua mãe. Shinzo Abe não fazia parte da igreja, mas já discursou para um grupo afiliado, assim como outros líderes mundiais.

Tomihiro Tanaka, presidente da filial japonesa da Igreja da Unificação confirmou a repórteres, em Tóquio, que a mãe do suspeito era membro da instituição, mas se recusou a comentar sobre as doações que supostamente faliram a família.

A Igreja da Unificação foi fundada em 1954, em Seul, na Coreia do Sul, por Sun Myung Moon, conhecido como Reverendo Moon. O grupo ganhou destaque fora da Coreia entre as décadas de 1970 e 1980.

De acordo com a imprensa internacional, as investigações mostram uma ligação entre a igreja e políticos conservadores ligados ao governo, incluindo Yoshihide Suga, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro. Agora, investigações são feitas  e poderão ocasionar no fim de incentivos fiscais da igreja e há pressão para o endurecimento de doações à instituições religiosas.

Shinzo Abe era budista da linha xintoísta. Ele também foi o primeiro-ministro japonês mais longevo no cargo.

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