Após dias de violência no Sudão, número de mortos no país chega a 97

Hospitais do Sudão estão quase sem suprimentos para atender centenas de feridos na onda de violência que atinge o país, alerta OMS

atualizado 17/04/2023 9:23

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Sudão - ataque - violência - guerra Mahmoud Hjaj/Anadolu Agency via Getty Images

O sindicato de médicos do Sudão informou que, até a manhã desta segunda-feira (17/2), pelo menos 97 civis foram mortos e outros 365 ficaram feridos desde o início dos combates no território. O Exército do país localizado na África está em combate com um grupo paramilitar que tenta dar um golpe e tomar o poder da nação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o esgotamento de suprimentos médicos em hospitais sudaneses, devido à grande demanda de feridos.

“Vários dos nove hospitais em Cartum [capital do país] que recebem civis feridos ficaram sem estoque de doação de sangue, equipamento de transfusão, fluidos intravenosos e outros suprimentos vitais”, informou a agência.

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Os combates eclodiram no último sábado (15/2), após um grupo paramilitar liderado pelo general Mohamed Hamdan Dagalo afirmar ter assumido o controle de importantes pontos do país.

As unidades do Exército leais ao general Abdel Fattah al-Burhan, chefe do Conselho Soberano do governo de transição do Sudão, iniciaram uma reação contrária.

Tentativa de golpe

O FAR já havia invadido o palácio presidencial, a residência do chefe do Exército, o Aeroporto Internacional de Cartum (capital do país), bem como os das cidades de Merowe e El Obeid, segundo a imprensa internacional.

Em ligação ao Catar Al-Jazeera, o líder do grupo afirmou: “Não vão parar antes de assumir o controle de todas as bases militares”.

Em resposta aos ataques sofridos, o general Abdel Fatah al Burhan, à frente do Exército oficial do Sudão e líder do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, afirmou que havia mobilizado forças aéreas contra o “inimigo”.

Essa foi a primeira eclosão de combates desde que os dois grupos uniram forças para derrubar o autocrata islâmico Omar al-Bashir, em 2019.

A onda de violência foi provocada por um desacordo sobre a integração do grupo paramilitar nas Forças Armadas do país, como parte de uma transição para o regime civil, criado para encerrar a crise político-econômica provocada por um golpe militar em 2021.

Apoio aos brasileiros no Sudão

Segundo o Itamaraty, 15 brasileiros vivem no país africano – com os quais a Embaixada do Brasil já está em contato. Devido à onda de violência no território, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que tem acompanhado “com preocupação a crise no país”.

“O governo brasileiro exorta as partes à contenção e à cessação imediata dos combates. Reiteramos apoio aos esforços do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesse sentido”, diz a nota.

Considerado o terceiro maior país do continente africano, as autoridades brasileiras afirmaram seu apoio às negociações políticas entre as lideranças sudanesas, com o objetivo de restabelecer um governo civil de transição.

Além disso, o governo criou um canal via número de WhatsApp (+55 61 98260-0610) para os brasileiros que estejam necessitando de apoio em terras sudanesas.

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