O consumo de café em solo tupiniquim sempre foi expressivo a nível internacional. Porém, nos últimos anos, uma onda de café especial vem tomando conta dos espaços gastronômicos em todo o país. De microtorrefações a métodos para fazer em casa, o cliente está mais exigente quando o assunto é um grão de qualidade e uma bebida palatável.
Mas nada disso é novidade! A busca por um “pretinho básico” que foge dos padrões das commodities não começou agora. Acompanhando tendências internacionais, o Brasil entra em uma nova fase de consumo de café. Segundo estudos realizados pela Euromonitor International, há quatro grandes características “cafeínadas” no momento.
Confira:
Pronto para beber
As bebidas de café prontas para beber são uma das grandes tendências no setor cafeeiro. De acordo com a pesquisa, a novidade promete crescer mais rapidamente no setor de alimentos e bebidas, impulsionado por outras trends, incluindo o café frio, conveniência e foco na saúde e bem-estar.
Em essência, o segmento de bebidas prontas consiste em cafés vendidos em lata ou garrafa, para consumo imediato. O cold brew é uma parte importante do mercado (e deu o pontapé), mas outras opções como lattes, o preparo a frio com nitro e drinques também estão disponíveis.
Consumo deve voltar a crescer
Mesmo sendo figurinha carimbada na mesa dos brasileiros, o consumo de café no país caiu no ano de 2022, em relação a 2021. Isso se deu por conta da alta nos preços do grão. O cenário tende a mudar logo. O esperado é que haja um crescimento de 1,94% em 2023 e ainda mais em 2024, com uma estimativa de 4,10%.
Assim como aconteceu durante a pandemia de Covid-19, espera-se que aumente a ingestão da bebida nas residências e diminua em cafés e restaurantes. Contudo, os volumes gerais de vendas e consumo devem permanecer estáveis.
Troca de cafeterias pelo café em casa
Cada vez mais consumidores estão trocando cafeterias por beber seu cafezinho em casa. O motivo? A oferta internacional da bebida não tem sido capaz de atender a demanda, em um momento em que os estoques estão baixos.
Os brasileiros, em média, bebem de 3 a 4 xícaras de café por dia, de acordo com dados da Organização Internacional do Café – OIC. Porém, se esse consumo antes se dava quase que 90% em cafeterias, de uns tempos pra cá a realidade tem sido outra. Segundo a pesquisa, o aumento da inflação, somado aos riscos de recessão nos próximos meses, são apenas alguns dos motivadores dessa mudança comportamental.
Apreço por cafés de alta qualidade
Ainda segundo o estudo, o público consumidor está cada vez mais exigente. Dados divulgados apontam que 44% estariam dispostos a pagar um valor superior por um café de excelente qualidade. A tendência aponta para a popularização (ainda maior) dos chamados cafés especiais.
