Com uma carreira repleta de títulos e de polêmicas, Novak Djokovic pode ter conquistado, no último domingo (29/1), um dos troféus mais importantes de sua carreira. Ao vencer o grego Stefano Tsitsipas na decisão do Aberto da Austrália, o tenista sérvio chegou ao seu 22º título de Grand Slam, o 10º no torneio australiano. O resultado, no entanto, vem carregado de significados para o tenista que viveu, no ano passado, o momento mais turbulento da carreira justamente na Austrália.
Na edição de 2022, Djoko acabou se envolvendo em uma questão diplomática de repercussão mundial. Uma das grandes figuras do esporte, o tenista viu sua imagem pulverizar em meio a uma polêmica com relação a sua vacinação contra a Covid-19.
O sérvio optou por não receber o imunizante. Ao tentar entrar na Austrália, acabou sendo barrado por questões sanitárias colocadas pelas autoridades e deu início ao momento mais delicado e de maior prejuízo a sua reputação.
Após dias de desdobramentos com repercussão na mídia do mundo inteiro, ele teve o visto negado e acabou deportado do país. Investigações apontaram que até mesmo autoridades da Sérvia teriam ajudado Djokovic, forjando documentos para que ele chegasse na Austrália.
Quase um ano depois de toda a tormenta causada por suas próprias decisões, Novak Djokovic aterrissou novamente em solo australiano. Logo nos primeiros dias do ano, venceu o ATP 250 de Adelaide, numa espécie de preparação em alto nível para o Aberto da Austrália.
Depois, iniciou a sua trajetória dentro de um dos principais torneios do circuito mundial. Foram sete vitórias que reconduziram um dos maiores tenistas de todos os tempos ao posto de 1º do ranking mundial, aos 35, depois de vencer uma das principais promessas do tênis.
Com todo o contorno dramático, o 22º Grand Slam da carreira de Djoko pode ser considerado um dos mais especiais em sua turbulenta e vitoriosa carreira.
