Protagonistas do caso de racismo contra Vinícius Júnior, do Real Madrid, no último domingo (21/5), os Yomus são um grupo ultra do Valencia que ficam localizados atrás do gol onde ocorreu a agressão contra o brasileiro.
O grupo possui um histórico de ser declaradamente fascista e nacionalista espanhol.
Ultras é a denominação usada para os coletivos de torcedores na Europa que se assemelham as torcidas organizadas aqui do Brasil, mas que possuem características específicas.
Fundado no início da década de 80, os Yomus nascem em um contexto de agitação social na Espanha.
Desde o início, o grupo assumiu o seu direcionamento de ultranacionalismo, que incluía as claras demonstrações de alinhamentos com os ideais fascistas e nazistas.
Tiro pela culatra
A primeira manifestação notória deste tipo ocorreu em 1992, quando o treinador Huus Hiddink, do Valencia, ordenou que os torcedores retirassem a bandeira com uma suástica desenhada que estava pendurada no alambrado destinado aos torcedores do clube.
O caso ocorreu em uma partida contra a equipe do Albacete. A repercussão acabou causando um efeito contrário, e ao decorrer dos anos, mais símbolos ligados à extrema-direita se tornaram parte do cenário do estádio de Mestalla.
Com um histórico violento, que inclui brigas e confusões pela Espanha, os Yomus acabaram sofrendo um baque com a compra do clube pelo bilionário Peter Lim, de Cingapura, em 2021.
Assim que assumiu o clube, Peter baniu boa parte dos integrantes do grupo de frequentarem o Mestalla.
No entanto, o grupo se reorganizou e aos poucos voltou a ocupar seu local tradicional dentro do estádio. Eles, inclusive, deram início à uma ferrenha mobilização que se opõe a Peter Lim.
Mañana a las 17.30 hrs os invitamos a todos a protestar junto a nosotros en la plaza de la afición por la pésima gestión de los dirigentes de nuestro amado club.
Por nuestro escudo, Por nuestra historia… Peter Vete Ya!!!! pic.twitter.com/SRdehtwAaZ— Ultra Yomus Oficial (@ultra_yomus) February 10, 2023
