Fernando Diniz foi o escolhido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para ser o treinador interino da Seleção e fazer a passagem de bastão para Carlo Ancelotti, que deve assumir o comando da Amarelinha no meio de 2024.
Em vídeo publicado nas redes sociais da CBF, o presidente da instituição, Ednaldo Rodrigues, comentou sobre a escolha: “Fernando Diniz é um treinador que realmente tem a proposta de jogo quase parecida com a do treinador que assumirá a Seleção Brasileira a partir da Copa América, o Ancelotti. Tem quase o mesmo tipo de proposta de jogo”.
Será? Veja as semelhanças
Carlo Ancelotti, no Real Madrid, usa os jogadores com mais liberdade de movimentação, assim como Fernando Diniz. O conceito inicial é o mesmo, mas isso não quer dizer que são iguais.
A maior semelhança entre ambos é o jogo de aproximação. Tanto o Real Madrid quanto o Fluminense concentram jogadores no lado ativo da bola, não atacam de forma simétrica e nem limitam o raio de ação dos jogadores.
Confira momentos em que o Real concentra jogadores no lado ativo da bola:
Veja o jogo de aproximação do Fluminense:
Algumas diferenças
Ancelotti utiliza mais a largura total do campo, deixando, normalmente, um jogador aberto no lado oposto que a equipe concentra uma maior densidade de jogadores, conceito conhecido como “lado fraco”. Já Diniz prefere usar um bloco mais estreito, sem alargar tanto o campo no momento ofensivo.
Além disso, Carlo também usa mais o conceito chamado espaço de força, que busca o jogo em corredor lateral, amplitude, drible, cruzamentos e passes de retorno, principalmente com Vinícius Júnior.
E em questão estratégica, Carlo é mais plural e se adapta aos jogadores que fazem parte da equipe e ao adversário que irá enfrentar, podendo ser mais conservador quando necessário. Já Diniz é mais “radical” e tenta manter a filosofia do toque de bola curto quase que a todo custo.
Recentemente, em entrevista à La Gazzetta dello Sport, Ancelloti disse: “O bom treinador é aquele que adapta o jogo às características dos jogadores”.
