Especial Parapan: conheça os atletas convocados pelo Distrito Federal

O Parapan-Americano de Santiago já começou e a expectativa é de mais uma grande campanha dos atletas do Distrito Federal na competição

atualizado 17/11/2023 19:12

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Bandeiras tremulam na cerimônia do Parapan enquanto caças jogam fumaça por cima delas Alessandra Cabral/CPB

A delegação do Distrito Federal está pronta para brilhar mais uma vez nos jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. A competição acontece entre os dias 17 a 26 de novembro e reunirá 324 atletas no total, além de 10 atletas guia, três calheiros e dois goleiros, representando 17 modalidades. Essa será a maior delegação de toda a história do país. Em 2019, o Brasil quebrou o recorde de medalhas na competição com 308, sendo 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze.

A equipe de Brasília também será maior, passando de 14 atletas e treinadores da edição de 2019 para 16 na atual competição. Uma das principais modalidades em que a capital tem obtido sucesso é o Goalball, o único esporte até hoje criado especificamente para atletas com deficiência. O Metrópoles traz para você um especial falando sobre cada atleta da delegação:

9 imagens
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Aline Cabral- Badminton

Divulgação
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Carla Maia- Tênis de Mesa

Daniel Zappe-CPB
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Daniele Cabral- Badminton

Ale Cabral CPB
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Davidson Daniel- Rugby em Cadeira de Rodas

Arquivo Pessoal
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Jéssica Vitorino- Goalball

Arquivo Pessoal
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Leomon Da Silva- Goalball

CPB
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Maria Fernanda- Tênis em Cadeira de Rodas

Ale CabralCPB
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Wendel Bellarmino- Natação

Arquivo Pessoal
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Wendel de Souza- Guia do Atletismo

Divulgação
Atletismo

Wendel de Souza- Atleta Guia

Wendel sempre foi atleta da modalidade, mas em 2013 acabou sendo convocado para atuar no Parapan-Americano de Jovens, que aconteceu na Argentina, como Atleta Guia. Desde então acabou migrando e não saiu mais do Parapan. Ele guiará Daniel Mendes, atleta do Espírito Santo.

Badminton Feminino

Aline Cabral

A atleta sofreu uma lesão medular quando ainda tinha apenas 15 anos. Ela estava tomando banho de sol e acabou se desequilibrando e caiu de cima de uma laje. Passou a praticar tênis em cadeira de rodas, mas o seu antigo professor decidiu se mudar para os Estados Unidos, e ela desistiu da modalidade.

Um amigo a apresentou ao Badminton, em 2018, e ela não saiu mais da modalidade. Foi bronze no Panamericano de Badminton que aconteceu em Cali, em 2022. Atua pela classe WH2, classe para cadeirantes com menor comprometimento motor.

Daniele Torres

Daniele teve uma infecção hospitalar logo quando nasceu, e aos 11 anos, após diversas manchas aparecerem em seu corpo, a infecção cresceu e atingiu a sua coluna, deixando a atleta paraplégica. No Centro Olímpico de Brasília, em 2012, Daniele conheceu o Badminton e foi amor a primeira vista.

Destacando-se rapidamente na modalidade, foi convocada em 2016 para a seleção brasileira. Atua pela classe WH1, que abrange atletas com maior comprometimento motor. Foi prata em 2018 na categoria individual, no Parapan da Modalidade, em Lima no Peru, e medalha de bronze no Parapan de 2019, no mesmo país.

Danielle Carvalho

Em 2005, um grave acidente mudou pra sempre a vida de Danielle. Ela estava em um ônibus e teve um esmagamento no pé direito, precisando fazer uma amputação transtibial, ou seja, uma retirada parcial da tíbia e fíbula, na panturrilha.

Mas somente 11 anos depois, assistindo os jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro pela televisão, que veio o interesse em participar de algum esporte. Conheceu a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE), e só ai começou a praticar o Badminton. Atua pela classe SL4, que inclui atletas com deficiência nos membros inferiores, mas que conseguem andar. Conquistou a medalha de bronze no individual e nas duplas femininas em Cali, na Colômbia, no Panamericano da modalidade, em 2022.

Badminton Masculino

Edmar Francisco

Aos 14 anos, sofreu um grave acidente de carro, e acabou ficando paraplégico. Depois de vários anos, decidiu que queria fazer alguma atividade física para melhorar o ritmo de vida, e aos 31 anos acabou indo para o Badminton, uma indicação de um professor da modalidade que o conhecia. É da categoria WH2, onde atuam atletas com menor comprometimento motor

Marcelo Conceição

Sofreu um acidente em 2007 de ônibus, que ocasionou uma lesão medular e deixou o atleta paraplégico. Seu começo no esporte foi com o basquete de cadeiras de rodas, em um centro de referencia na modalidade.

No mesmo lugar em que treinava, acabou conhecendo o Badminton, em 2012, e decidiu mudar de modalidade. Ganhou a medalha de ouro no Parapan de 2019 sendo tricampeão da modalidade simples. Atua pela classe Wh1, com atletas de maior comprometimento motor.

Basquete em Cadeira de Rodas

Amauri Alves

Sofreu um acidente de carro em 2006 e ficou tetraplégico. Buscou no esporte uma motivação e em 2008 iniciou no basquete de cadeira de rodas, chegando a seleção em 2012. Foi vice campeão Sul-Americano em 2014, 2018 e 2021, além de ficar em quinto lugar nos jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. É classificado como 2.0 na escala de 1 a 5 de comprometimento motor.

Futebol PC (Paralisia Cerebral)

Ângelo Matheus

Conheceu a modalidade nas atividades promovidas pelo Hospital Sarah Kubitschek, e passou a jogar futebol em 2018. Foi prata nos jogos Parapan-Americanos de Bogotá nesse ano e também conquistou a prata no mundial da modalidade, que aconteceu na Espanha no ano passado. Compete na classe FT2, onde atuam atletas comprometimento mediano das funções.

GoalBall Feminino

Ana Gabriely

Nasceu com baixa visão devido ao Albinismo, transtorno que atinge uma em cada 17 mil pessoas no mundo. Conheceu o Goalball quando foi estudar educação física no Instituto Benjamin Constant e começou a pratica da modalidade, em 2014, tendo a sua primeira convocação para a seleção em 2016. Em 2018 foi bronze no mundial de Goalball que aconteceu na Suécia. No ano seguinte foi ouro no Parapan de Lima, no Peru.

Em 2022 conquistou o ouro no Campeonato das Américas e esse ano foi bronze no mundial da federação internacional de cegos. Faz parte da classe B3, para atletas que não veem mas conseguem definir imagens.

Jéssica Vitorino

Nasceu com baixa visão devido a uma catarata congênita hereditária. Aos 16 anos uma apresentação em sua escola, falando sobre a modalidade, despertou a vontade na atleta e desde então passou a jogar a modalidade.

É atualmente bicampeã nos jogos Panamericanos, ganhando em Toronto, em 2015, e em Lima, em 2019. Foi prata no Campeonato das Américas em 2017, bronze no mundial na Suécia. No ano de 2018, ouro no Campeonato das Américas em 2022 e bronze nos Jogos Mundiais da IBSA nesse ano. Faz parte da classe B3, para atletas que não veem mas conseguem definir imagens.

GoalBall Masculino

André Cláudio

Nascido com Toxoplasmose, infecção causada por um protozoário, teve sua visão afetada desde recém nascido. Conheceu a modalidade em 2009, e foi quando decidiu participar das Paralimpíadas Escolares. Praticava natação e passou a se dedicar e focar no Goalball, e em 2013 foi convocado pela primeira vez para participar do mundial de jovens.

É bicampeão do Campeonato das Américas em 2017 e 2022 e também bicampeão do mundial, ganhando em 2018 e 2022. Faz parte da classe B3, para atletas que não veem mas conseguem definir imagens.

Leomon da Silva

Perdeu a visão quando ainda era um bebê, devido  a uma retinose pigmentar, uma doença que faz com que as estruturas fotorreceptoras dos olhos deixem de captar a luz, prejudicando a formação da imagem através da retina. Como seus irmãos já praticavam o esporte, todos com a mesma doença que ele, começou a praticar também a modalidade, e virou um dos principais nomes do esporte a nível nacional.

Ganhou medalha nas três últimas olimpíadas, Prata em Londres em 2012, bronze no Rio de Janeiro em 2016 e Ouro em Tóquio em 2020. Também é tricampeão mundial vencendo na Finlândia em 2014, na Suécia em 2018 e em Portugal em 2022. Bicampeão dos jogos Parapan-Americanos , vencendo no Canadá em 2015 e no Peru em 2019. É da classe B1,para atletas que são totalmente cegos ou tem percepção da luz mas não reconhecem o formato de uma mão a distância.

Wendell Belarmino

Nasceu com glaucoma congênito, uma doença que causa a má formação do sistema de drenagem dos olhos antes do nascimento. Chegou a passar por dez transplantes de córneas, mas mesmo assim vem tendo perda gradativa de visão. Competia pela classe S12, onde o nadador tem visão parcial e caiu para a S11, que é quando se tem deficiência total, e para que todos estejam no mesmo nível, os óculos são vedados. A mudança aconteceu em 2019 pois já estava com apenas 3% de resíduo visual.

Antes chegou a praticar Hipismo mas preferiu seguir na modalidade pela maior competitividade. No Parapan de 2019 conquistou seis medalhas, na sequencia participou do mundial da modalidade em Londres, ganhando mais três medalhas. Já no Parapan 2019 ganhou mais seis medalhas, sendo quatro delas de ouro, e nas Paralimpiadas de Tóquio, em 2020, conquistou mais três medalhas.

Rugby em Cadeira de Rodas

Davidson Daniel

Teve uma lesão medular quando sofreu um acidente em uma piscina. Quando se reabilitava no hospital Sarah começou a praticar a modalidade e desde então não saiu mais. Foi bronze no Parapan de 2017, no Paraguai, e vem no seu melhor ano da carreira, com dois ouros em 2023, no Sul Americano da modalidade e na German Nations, torneio que aconteceu na Alemanha. Nessa modalidade, as classes são divididas em 7, que vão de 0.5 para menor motricidade e 3.5, para maior motricidade.

Tênis de Mesa

Carla Maia

Teve um sangramento espontâneo na medula com apenas 17 anos, o que acabou atingindo a sua cervical e fazendo com que ela precisasse andar apenas de cadeira de rodas. A modalidade entrou em sua vida quando terminava o curso de Publicidade e Propaganda e em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), entrevistou um dos grandes nomes da modalidade que também é de Brasília, Iranildo Spindola, e o seu treinador, que a convidou para jogar um Panamericano na cidade, onde ela ficou em segundo.

Ganhou a prata no Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, na sequencia ganhou três medalhas no Panamericano da modalidade, em 2009 o bronze no individual e a prata por equipes, e em 2013 o bronze no individual. Compete pela classe 2 que é para cadeirantes.

Tênis em Cadeira de Rodas

Maria Fernanda

Ficou paraplégica aos quatros anos de idade, quando sofreu um acidente de carro. Conheceu a modalidade com 12 anos e desde então segue disputando campeonatos, sendo que será a primeira vez que irá disputar o Parapan. Possui seis títulos na carreira mas uma das suas principais conquistas é a prata no simples da Gira Colombiana deste ano. Atua na classe Open, que inclui atletas que foram diagnosticados com alguma deficiência nos membros inferiores.

 

 

 

 

 

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