Fernando Diniz dividirá o comando técnico do Fluminense com a Seleção Brasileira até o meio do ano que vem. Com isso, muitos discutem se o treinador terá ética para não favorecer o Tricolor Carioca em claro conflito de interesses.
Porém, de acordo com o próprio Fernando Diniz, a CBF escolheu a pessoa certa nesse quesito.
“Uma chance de mostrar que o futebol não está acima da ética e vida, é um espaço de convivência para colocar a nossa vida. É complexo? Sim. Terei que fazer convocação e tomar decisões, o senso de justiça irá me pautar como sempre. E vão avaliar, não estou aqui para pedir para que pensem de um jeito ou não. Estou tranquilo e, nesse ponto de ética, a CBF apontou para a pessoa certa”.
Porém, nem sempre foi assim. Em entrevista a ESPN, no ano de 2013, Luciano Bivar, seis vezes presidente do Sport (1989/1990, 1997/1998, 1999/2000, 2001 (renunciou), 2005/2006 e 2013/2014), revelou que pagou uma comissão para facilitar a convocação do volante Leomar em 2001.
Ele disse que deu o dinheiro a um lobista, que fez contatos para que o jogador fosse chamado. Na época, Emerson Leão era o treinador do Sport e da Seleção Brasileira.
“Todo mundo faz lobby no futebol brasileiro. Pergunte a Felipão, por exemplo, quantos procuradores ligaram a ele pedindo para que alguém fosse convocado. Essa é a realidade do futebol brasileiro. A gente já fez lobby. Com o Leomar, houve o pagamento para um lobista”, disse Bivar.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) investigou o caso e entendeu que não houve comprovação de irregularidade. Na época, Emerson Leão chamou de ridículas as declarações de Luciano Bivar.
Leomar chegou até ser capitão do Brasil e disputou a Copa das Confederações de 2001. O estranhamento foi tanto, que a passagem de Leão na Seleção ficou conhecido como “Era Leomar”.
