CBF decreta luto oficial de sete dias pela morte de Zagallo

Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou luto oficial de sete dias pela morte de Mário Jorge Lobo Zagallo na madrugada deste sábado

atualizado 06/01/2024 1:43

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Zagallo, ex-treinador e ex-jogador de futebol - Metrópoles Christian Liewig - Corbis / Colaborador/ Getty Images

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, decretou luto oficial de sete dias pela morte de Mário Jorge Lobo Zagallo, de 92 anos, tetracampeão mundial de futebol. O falecimento do ex-treinador foi anunciado no início da madrugada deste sábado (6/1).

De acordo com o presidente da CBF, o luto oficial será em homenagem à memória do seu eterno campeão. Por causa da morte de Zagallo, a entidade também decretou um minuto de silêncio em todas as partidas da primeira rodada das Eliminatórias da Copa do Nordeste, que começa neste sábado (6/1).

“A CBF e o futebol brasileiro lamentam a morte de uma das suas maiores lendas, Mário Jorge Lobo Zagallo. A CBF presta solidariedade aos seus familiares e fãs neste momento de pesar pela partida deste ídolo do nosso futebol “, disse Rodrigues.

Morte de Zagallo

A informação da morte de Zagallo, conhecido como “Velho Lobo” foi confirmada pelo perfil oficial do ex-jogador no Instagram.

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Apaixonado por esportes desde a infância, Zagallo precisou da ajuda do irmão para convencer o pai de que tinha talento para o futebol. Isso porque o progenitor do ex-treinador gostaria que os filhos se formassem na faculdade e assumissem a empresa da família
Após a benção do pai, Zagallo começou a carreira do clube América, nas divisões amadoras. Durante o mesmo período, se aventurou no vólei e no tênis de mesa, ganhando títulos juvenis com o último. Em 1949, ajudou o América a conquistar o Torneio Início do Campeonato Carioca
Em 1950, transferiu-se para o Flamengo, onde conquistou o tricampeonato carioca, em 1953, 1954 e 1955, dentre outros títulos. Já famoso, foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil conquistou o primeiro título do campeonato
Ainda em 1958, assinou com o Botafogo. No clube, foi bicampeão carioca, conquistou a Taça Brasil, entre outros. À época, jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos e Didi. Quatro anos depois, foi convocado, outra vez, para a Copa do Mundo, quando o Brasil se tornou bicampeão
Em 1966, aos 35 anos, Zagallo se tornou treinador, logo após resolver se aposentar como jogador. Na função, treinou o Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangu, Portuguesa e o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Além disso, também foi treinador da Seleção Brasileira, da Seleção de Kuwait, da Seleção Saudita e da Seleção dos Emirados Árabes Unidos
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Mário Jorge Lobo Zagallo, ou simplesmente Zagallo, nascido em 1931, é um ex-treinador e ex-jogador de futebol. Natural de Atalaia, Alagoas, o ex-atleta é considerado uma das maiores personalidades do futebol brasileiro

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Apaixonado por esportes desde a infância, Zagallo precisou da ajuda do irmão para convencer o pai de que tinha talento para o futebol. Isso porque o progenitor do ex-treinador gostaria que os filhos se formassem na faculdade e assumissem a empresa da família

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Após a benção do pai, Zagallo começou a carreira do clube América, nas divisões amadoras. Durante o mesmo período, se aventurou no vólei e no tênis de mesa, ganhando títulos juvenis com o último. Em 1949, ajudou o América a conquistar o Torneio Início do Campeonato Carioca

Matthew Ashton - EMPICS / Colaborador/ Getty Images
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Em 1950, transferiu-se para o Flamengo, onde conquistou o tricampeonato carioca, em 1953, 1954 e 1955, dentre outros títulos. Já famoso, foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil conquistou o primeiro título do campeonato

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Ainda em 1958, assinou com o Botafogo. No clube, foi bicampeão carioca, conquistou a Taça Brasil, entre outros. À época, jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos e Didi. Quatro anos depois, foi convocado, outra vez, para a Copa do Mundo, quando o Brasil se tornou bicampeão

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Em 1966, aos 35 anos, Zagallo se tornou treinador, logo após resolver se aposentar como jogador. Na função, treinou o Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangu, Portuguesa e o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Além disso, também foi treinador da Seleção Brasileira, da Seleção de Kuwait, da Seleção Saudita e da Seleção dos Emirados Árabes Unidos

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Em 1970, inclusive, enquanto treinador da Seleção, Zagallo conquistou o título de tricampeão da Copa do Mundo. Até hoje, ele é uma das poucas pessoas a conquistarem o campeonato como jogador e como treinador

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Em 2016, realizou o último trabalho atuando como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira, ou apenas Parreira, na Seleção Brasileira

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Durante a carreira, Zagallo conquistou um mundial como técnico da Seleção Nacional e um como coordenador técnico, além de vencer duas edições da Copa das Confederações. Também como treinador, conquistou dois títulos Sul-Americanos e vários outros títulos, que o tornaram técnico de renome mundial

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Segundo o livro Seleção Brasileira 90 anos, Zagallo conquistou 99 vitórias, 10 derrotas e 26 empates em 135 jogos como técnico da seleção principal do Brasil. Treinando a seleção olímpica, obteve 14 vitórias, duas derrotas e três empates em 19 partidas. Como coordenador técnico, Zagallo esteve presente em 72 jogos, momento em que o Brasil conquistou 39 vitórias, 25 empates e oito derrotas

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Em 1997, O Brasil jogou uma Copa América na Bolívia, marcada por muita pressão política. Mesmo após um campeonato quase perfeito, Zagallo desabafou para os jornalistas com uma frase que o marcaria para sempre: “Vocês vão ter que me engolir”. Até hoje o ex-atleta é lembrado pela fala

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Recentemente, e aos 90 anos, Zagallo foi internado por causa de uma infecção respiratória. Apesar do susto devido à idade do ex-treinador, a condição dele já foi controlada, segundo médicos

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Zagallo é pai de Maria Emília, Paulo Jorge, Mário César e Maria Cristina. Ele foi casado com Alcina de Castro por 57 anos, até a mulher falecer em 2012

Reprodução/Instagram

“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas.

Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz a nota de pesar divulgada pela família na página do tetracampeão no Instagram.

Trajetória

Mario Jorge Lobo Zagallo nasceu em 9 de agosto de 1931, em Atalaia. Começou sua carreira no América-RJ, seu clube do coração. Depois, se transferiu para o Flamengo, onde conquistou um tricampeonato carioca (1953, 1954 e 1955). Após o Rubro-Negro, foi para o Botafogo, onde voltou a vencer estaduais, além da Taça Brasil.

Pela Seleção Brasileira, Zagallo esteve presente nas disputas dos Mundiais de 1958 e 1962, conquistadas pelo Brasil.

Após se aposentar dos gramados em 1966, iniciou a carreira de treinador no juvenil do Botafogo. Treinou o profissional do Fogão em quatro oportunidades, o Flamengo três vezes, o Vasco em duas oportunidades, além de Fluminense, Al-Hilal, Bangu e Portuguesa.

Zagallo foi o treinador da icônica Seleção Brasileira de 1970, tricampeã mundial no México. Foi coordenador de Parreira em 1994, Copa que o Brasil também venceu, nos Estados Unidos, além de ter sido vice campeão como treinador da Seleção em 1998, na França. Trabalhou também na Copa de 2006, novamente na comissão técnica de Parreira.

Com os dois títulos vencidos como treinador e os dois como jogador, é o recordista de Mundiais, além de ser uma das três pessoas que conquistaram a Copa do Mundo tanto como jogador quanto treinador.

Folclórico

Profissional vencedor, Zagallo foi também um homem de personalidade forte e carismática. Tinha uma superstição com o número 13, desde a época de jogador. Ao comemorar a Copa América de 2004, bradou: “Brasil campeão tem 13 letras e Argentina vice também”.

Por falar em Copa América, foi após conquistar o torneio em 1997 que soltou uma de suas frases mais emblemáticas. Após conviver com críticas em relação ao trabalho feito, Zagallo soltou um “vocês vão ter que me engolir”.

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