A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que a Seleção Brasileira principal não tem acompanhamento psicológico. Após ser procurada pelo Metrópoles, a CBF afirmou que não há um profissional da área junto da equipe comandada por Fernando Diniz, e destacou que essa é uma decisão da comissão técnica.
O debate sobre a saúde mental no esporte vem ganhando notoriedade, após atletas de diversas modalidades revelarem seus problemas ligados às cobranças, à pressão e ansiedade que os esportes de alta performance podem gerar.
Nessa terça-feira (17/10), o jornalista Cosme Rímoli, do portal R7, revelou que a Seleção Brasileira não tem o acompanhamento de um profissional desse tipo desde 2014, quando foi goleada pela Alemanha na semifinal da Copa do Mundo por 7 x 1.
Ainda segundo ele, o principal motivo para que não exista um acompanhamento seria porque Neymar é contrário à ideia.
A CBF, no entanto, destaca que essa é uma decisão da comissão técnica. Afirmou que cada comissão decide se terá, ou não, um psicólogo, e apontou que a Seleção feminina e algumas equipes da categoria de base têm um psicólogo.
Apesar de ser formado em psicologia, Fernando Diniz não atua na área. Recentemente, dois jogadores da Seleção revelaram ter buscado ajuda de profissionais para lidar com questões pessoais. Um deles foi Richarlison, que não vive boa fase no Tottenham e enfrenta um jejum com a amarelinha. Após a última data Fifa, o jogador revelou que buscaria ajuda profissional.
Outro foi Rodrygo, atacante do Real Madrid, que em entrevista ao Uol contou ter buscado terapia após perder o pênalti contra a Croácia na Copa do Mundo no Catar.
Nesta última data Fifa, o Brasil empatou com a Venezuela e perdeu para o Uruguai, encerrando um tabu de 22 anos sem derrotas para os uruguaios. A Seleção Brasileira voltará aos gramados no dia 11 de novembro, quando enfrenta a Colômbia fora de casa. Depois, no dia 21, terá o clássico contra a Argentina.
