A Seleção Brasileira sub-17 entrará em campo, nesta terça-feira (14/11), contra a Nova Caledônia às 6h (horário de Brasília, em busca de uma recuperação rápida na competição, após uma derrota na estreia por 3 x 2, de virada, contra o Irã, pelo Grupo C.
Apesar de ter perdido seu jogo inicial, o Brasil dominou a partida, mas as falhas individuais e a falta de pontaria custaram caro a seleção. As finalizações, inclusive, foram alvo de muito treinamento após a derrota, até porque a seleção sabe que precisa de uma boa vitória nesse jogo, já que a Inglaterra, que em tese brigaria com o Brasil pela liderança do grupo, fez 10 a 0 em seu primeiro jogo.
Uma das grandes promessas do Brasil é o meia Estevão, apelidado de Messinho pela sua categoria, e um dos grandes talentos da geração sub-17 do Palmeiras. Estevão vem colecionando títulos na base, mas o seu destaque mais recente foi na final do Brasileirão da categoria, quando marcou três gols na vitória no clássico, contra o São Paulo.
Outro destaque da Seleção é o meia atacante Lorran, do Flamengo, jogador mais jovem a marcar um gol pelos profissionais do clube, que tem como destaques a velocidade e a grande qualidade técnica no pé esquerdo.
Superação
Já a seleção da Nova Caledônia estará desfalcada de seu melhor jogador: Nolhann Alebate, que acabou sendo expulso na partida de estreia. O jogador atua pela equipe do Hienghène Sport, de seu próprio país, que terminou a temporada na terceira colocação.
Apesar de muito jovem, ele chegou a atuar também pela equipe principal. Alebate disputou a OFC sub-17, um dos principais campeonatos de base de sua categoria nesse ano, e foi eleito o melhor jogador da competição.
Outros dois jovens destaques da seleção da seleção da Nova Caledonia são os irmãos Nicolas e Baptiste Kutran, de apenas 15 anos. Os dois jogam pela equipe do Bordeaux, e tentam superar o drama do ano passado, a morte do irmão mais velho de ambos, Ruben Kutran, que tinha 20 anos e faleceu em um acidente próximo ao ano novo.
Ruben chegou a disputar a OFC em 2018, quando era capitão da equipe, mas não chegou a atuar pela Copa do Mundo da categoria.
Investimentos na Base
A Nova Caledônia nunca disputou um mundial profissional de futebol, mas faz a sua segunda participação em um mundial sub-17, graças à boa campanha que levou o time à final da OFC, perdendo a final para a Nova Zelândia. O seu primeiro mundial foi em 2017, na Índia, quando perdeu para França e Honduras, mas conseguiu um resultado heróico empatando com o Japão por 1 x 1.
E a volta a um mundial de base tem uma razão: os altos investimentos feitos para evoluir o futebol por lá. O projeto é da própria (Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), que trabalha em um plano audacioso, ter academias de formação de atletas em todos os países do mundo até 2026, época da próxima Copa do Mundo da entidade. Só no país o investimento foi de mais de 200 milhões de dólares ao todo.
