As Aventuras de José & Durval, série do Globoplay sobre Chitãozinho & Xororó, estreia nesta sexta-feira (18/8) e traz fatos novos sobre a vida pessoal e a carreira artística dos ídolos do sertanejo raiz.
Em entrevista ao Metrópoles, a roteirista Duda de Almeida falou sobre o processo de criação da série. “Os roteiros foram desenvolvidos a partir de histórias contadas por eles. Também tivemos que fazer provocações para acessar algumas histórias de José & Durval que nunca foram contadas.”
“Tanto Chitãozinho como Xororó sempre foram muito solícitos. Contaram tudo e entenderam que a gente ia tratar a história com cuidado”
Duda de Almeida
Com direção de Hugo Prata, a produção, que mistura fatos com situações fictícias, conta com oito episódios de 45 minutos. Os três primeiros estão disponíveis e os outros serão disponibilizados semanalmente, com histórias inéditas.
“Eles [Chitãozinho & Xororó] tiveram a inteligência de entender que a história deles não é feita só de vitórias e contaram também sobre os fracassos, momentos de vulnerabilidade e dores que ajudaram eles a chegar no patamar atual. Tem coisas muito bonitas e potentes na série”, pontua a diretora.
“Lutamos para ser leal à história, aos valores e às qualidades deles. Foi o que nos esforçamos para entregar ao Brasil com o maior respeito e admiração que temos pelo trabalho de Chitãozinho & Xororó”, completa Hugo Prata.
Produção na pandemia
O projeto de As Aventuras de José & Durval começou na pandemia, então os produtores não tiveram contato direto com os artistas. Os encontros com Chitãozinho & Xororó foram realizados, primeiramente, de forma on-line.
“A gente estava em uma fase bem restrita da pandemia, então nós [equipe de roteiro] tivemos uma série de encontros on-line com eles para fazer entrevistas. Também falamos com pessoas importantes na trajetória da dupla, como familiares e amigos. Foi tudo muito rico”, revela Duda.
Nostalgia nas gravações
As gravações da série foram realizadas em 2022, após a pandemia, e remetem ao passado de Chitãozinho & Xororó, no interior de São Paulo. As fases, divididas entre infância e vida adulta da dupla, foram trabalhadas de formas diferentes, com o auxílio da direção de arte e de fotografia, para além os figurinistas.
“A série começa em 1968 e vai até 1990. Tivemos o cuidado de reproduzir o figurino pelo olhar do mundo que eles viviam, que era um mundo do interior”, conta a figurinista Verônica Julian.
“Os automóveis e os figurinos fazem o trabalho de transportar Chitãozinho & Xororó para o passado. É a junção desses elementos, carros, figurinos, objetos cênicos, que cria o ambiente passado”, completa o diretor de arte Frederico Pinto.
