Record é acusada de demitir autores que não se tornaram evangélicos

A autora Paula Richard entrou na Justiça contra a Record depois de ter sido demitida por se recusar a se converter à religião evangélica

atualizado 31/05/2023 14:51

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Record TV Reprodução

A autora Paula Richard resolveu processar a Record após ter sido demitida da emissora por intolerância religiosa. De acordo com o Notícias da TV, a empresa de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, teria dispensado diversos autores que se recusaram a se tornar evangélicos, como Emílio Boechat, Camillo Pelegrini e Cristiane Fridman. 

Na ação contra a Record, Paula pede indenização de cerca de R$ 5,6 milhões por preconceito religioso. Ela alega que sempre respeitou todas as crenças, inclusive as dos ex-chefes, mas que não teve o mesmo retorno deles, principalmente da filha de Macedo, Cristiane Cardoso, que é diretora de dramaturgia do canal.

“A relação de trabalho da autora com membros da Igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena; entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada Sra. Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV — o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso”, diz um trecho do processo. 

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Cristiane Cardoso
Dudu Azevedo foi Jesus na novela homônima
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Edir Macedo é proprietário da Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus

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Dudu Azevedo foi Jesus na novela homônima

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O texto alega ainda que “todos os roteiristas profissionais que trabalhavam na Record e não são membros da Igreja Universal foram demitidos. Hoje, somente a Sra. Cristiane Cardoso e membros da referida Igreja escrevem e atuam como roteiristas” da emissora. 

A defesa da autora de Jesus (2018 a 2019), Lia (2018) e O Rico e Lázaro (2017) também reforçou que os atuais autores fazem parte da Igreja Universal e que essa é uma tentativa de Cristiane formar “sua nação cristã” dentro da empresa do pai.

Em nota divulgada à imprensa, a Record TV declara que “não tem religião” e que vai tomar “todas as providências judiciais necessárias com relação à acusação sofrida”. Leia a íntegra: 

“A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação à acusação sofrida hoje.”

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