O investigador Augustus Landor tem um mistério para resolver: quem matou um dos cadetes da Academia Militar de West Point. Para solucionar o problema, o personagem vai contar com a versão jovem de um dos escritores consagrados da literatura estadunidense, Edgar Allan Poe. A história de O Pálido Olho Azul, que pode parecer simples ao primeiro olhar, se tornou um dos maiores sucessos da Netflix desde que foi lançada em 6 de janeiro.
A produção, que traz Christian Bale como protagonista, ocupou o primeiro lugar entre os filmes em inglês mais vistos na plataforma nos Estados Unidos. Além disso, chegou ao TOP 10 em outros 92 países, sendo um deles o Brasil. Na terça-feira (17/1), o filme inspirado no livro homônimo de Louis Bayard, estava em quinto lugar no TOP 10 de filmes por aqui.
Com direção de Scott Cooper, O Pálido Olho Azul aparece como opção para os amantes de suspense, drama e mistério. Interpretado por Harry Melling — que deu vida à Duda Dursley na saga Harry Potter —, o escritor Edgar Allan Paul aparece quando tinha cerca de 21 anos e era um cadete da Academia Militar. Ele é a pessoa que vai ajudar Augustus a solucionar o crime e a personificação do escritor é carregada da energia que se encontra em obras como O Corvo e A Queda da Casa de Usher.
“Obviamente, o filme é uma obra de ficção, embora Poe de fato tenha passado por West Point. O que quisemos dizer é que os eventos que ocorrem no filme moldaram a visão de mundo dele, e o ajudaram a tornar-se o escritor que conhecemos. Há temas como a morte, a perda, o luto pelos mortos… Tudo é parte do romantismo sombrio da obra de Poe”, disse o diretor em nota divulgada à imprensa.
O livro O Pálido Olho Azul
Assim como o filme que estreou na primeira semana de janeiro na Netflix, os escritos de Louis Bayard também dão luz ao escritor Edgar Allan Poe no começo da carreira. Mas, embora o autor de O Corvo seja um dos personagens, a obra é fictícia.
O Poe apresentado nas páginas é um cadete da academia militar menosprezado pelos colegas, muito diferente do que ocorria na vida real. Na verdade, o escritor divertia outros militares com textos críticos aos chefes e chegou a ganhar doações deles para publicar sua primeira obra.
Entretanto, a versão retratada combina mais com a história que conquistou o público nas duas versões, visto que ele se torna um informante de Augustus. Fato curioso é que o escritor era um rebelde e foi expulso da Academia após dois anos de serviço.
