Pai de Julian Assange, John Shipton revela que não queria gravar filme

Ithaka: a luta de Assange está em cartaz nos cinemas brasileiros e Shipton conversou com o Metrópoles sobre a produção e a prisão do filho

atualizado 01/09/2023 18:44

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Foto colorida de John Shipton. Ele é um homem branco, velho, com cabelo branco, barba branca e usando óculos de grau. Usa um terno completo e está dentro de um carro - Metrópoles Reprodução

O documentário Ithaka: A Luta de Assange estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (31/8). O filme conta a história de John Shipton, que luta pela liberdade de Julian Assange, fundador do WikiLeaks que foi preso após divulgar informações confidenciais militares dos Estados Unidos.

Shipton esteve no Brasil para a divulgação de Ithaka: A Luta de Assange e conversou com o Metrópoles na pré-estreia do filme em Brasília. “Eu não estava muito interessado em documentar tudo o que eu estava fazendo, mas ajudou na minha intenção de gerar interesse das pessoas no caso do Julian”, conta.

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Julian Assange está preso em Londres
John Shipton é pai de Julian Assange
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Assange é fundador do WikiLeaks

David G Silvers/Cancillería del Ecuador
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Julian Assange está preso em Londres

Ruptly.TV/Reproduçāo
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John Shipton é pai de Julian Assange

Reprodução

Desconfortável com as gravações, o pai de Julian Assange realizou a produção com o diretor Ben Lawrence em 2021. Mesmo com a defasagem até a exibição no Brasil, o longa-metragem continua atual.

“O filme faz parte de uma longa jornada e conta coisas que foram passando durante esses anos. Foi um belo trabalho feito pelo diretor. Tenho muito orgulho das pessoas que continuam dando suporte e lutando por Julian mesmo após 14 anos”, disse, agradecendo aos que lutam pela liberdade de Assange.

O caso de Assange

Assange está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres (UK). Em junho, o governo britânico aprovou a extradição dele aos Estados Unidos. No país, o australiano é acusado de espionagem após a divulgação de dados confidenciais militares dos EUA por meio da página WikiLeaks.

Assange divulgou, segundo o governo norte-americano, entre os anos de 2010 e 2011, cerca de 250 mil mensagens diplomáticas e mais de 500 mil documentos confidenciais.

“As circunstâncias melhoraram depois que ele foi transferido para uma prisão de segurança máxima. As condições mentais e físicas, como você pode imaginar após 14 anos não são tão boas. O maior medo é que ele seja extraditado para os EUA, onde ele será morto.”

John Shipton

John Shipton no Brasil

Para além de Brasília, o pai de Assange passou por várias capitais do país com a divulgação do filme. Em Recife (PE), por exemplo, encontrou o ministro Silvio Almeida em sessão de Ithaka: A Luta de Assange. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também falou sobre o caso e criticou a possível extradição do jornalista australiano Julian Assange.

“Vejo com preocupação a possibilidade iminente de extradição do jornalista Julian Assange. Assange fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro. Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”, destacou o presidente brasileiro.

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