Marília Mendonça: entenda como erro de pilotos teria causado tragédia

Inquérito sobre queda do avião que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas aponta que houve homicídio culposo triplamente qualificado

atualizado 05/10/2023 10:30

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Foto colorida de Marília Mendonça com a mão na cabeça - Metrópoles Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou a conclusão do inquérito sobre a queda do avião que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste de MG. Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (4/10), a corporação afirmou que as evidências apontam para a prática de três homicídios culposos por parte do piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto da aeronave Tarciso Pessoa Viana, com extinção de punibilidade em razão da morte dos mesmos e arquivamento do inquérito.

De acordo com o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, houve negligência e imprudência por parte da tripulação, já que não houve o cumprimento das instruções operacionais da aeronave.

“Diante de todas esses cenários, os procedimentos operacionais da aeronave não foram responsáveis. O manual de treinamento da aeronave estipula a velocidade a ser feita na perna do vento, e o que ficou evidenciado é que os pilotos ultrapassaram essa velocidade, desrespeitando o manual e saindo da zona de proteção do aeródromo. Qualquer responsabilidade cabia aos pilotos observar. Dessa forma houve negligência e imprudência”, afirmou ele.

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Querida no meio sertanejo, Marília tinha um dos cachês mais altos do país e era recordista em acesso em plataformas digitais
Em novembro de 2021, durante viagem para Minas Gerais, onde faria um show, o avião da cantora caiu e matou instantaneamente todos a bordo. Marília faleceu aos 26 anos e deixou o filho Léo, de 2 anos
Mendonça começou a cantar na igreja quando ainda era criança. Aos 12 anos começou a compor para grandes cantores, como Wesley Safadão, Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e Matheus & Kauan
Em 2014, Marília se lançou como cantora e, mais tarde, em 2016, apresentou o primeiro álbum da carreira que contou com a música Infiel, canção que a tornou nacionalmente conhecida
Em 2015, engatou relacionamento com o empresário Yugnir Ângelo e chegou a ficar noiva do rapaz. Contudo, dois anos depois a relação chegou ao fim. Na ocasião, Marília informou que estava muito nova para ter um relacionamento sério
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Marília Dias Mendonça foi uma cantora, compositora e empresária brasileira. Natural de Cristianópolis, no Goiás, cresceu e viveu em Goiânia a maior parte da vida

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Querida no meio sertanejo, Marília tinha um dos cachês mais altos do país e era recordista em acesso em plataformas digitais

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Em novembro de 2021, durante viagem para Minas Gerais, onde faria um show, o avião da cantora caiu e matou instantaneamente todos a bordo. Marília faleceu aos 26 anos e deixou o filho Léo, de 2 anos

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Mendonça começou a cantar na igreja quando ainda era criança. Aos 12 anos começou a compor para grandes cantores, como Wesley Safadão, Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e Matheus & Kauan

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Em 2014, Marília se lançou como cantora e, mais tarde, em 2016, apresentou o primeiro álbum da carreira que contou com a música Infiel, canção que a tornou nacionalmente conhecida

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Em 2015, engatou relacionamento com o empresário Yugnir Ângelo e chegou a ficar noiva do rapaz. Contudo, dois anos depois a relação chegou ao fim. Na ocasião, Marília informou que estava muito nova para ter um relacionamento sério

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Em 2017, a cantora lançou Amante Não Tem Lar e De Quem é a Culpa, singles que estouraram nas paradas de sucesso e elevaram ainda mais o nome dela. Tempos depois, Marília se tornou a brasileira mais ouvida no Youtube, ocupando o 13º lugar no ranking mundial

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Em 2018, lançou o segundo álbum Agora É Que São Elas, com a participação de Maiara e Maraisa. Em 2019, lançou os singles Bem Pior Que Eu, Ciumeira, Bebi Liguei e, em março do mesmo ano, se tornou a mulher mais ouvida no Spotify Brasil

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Em 2019, a cantora assumiu relacionamento marcado por altos e baixos com Murilo Huff, pai de seu único filho, Léo. Em setembro de 2021, no entanto, Marília anunciou o fim da relação com o músico

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Durante a carreira, a jovem conquistou um Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, recebeu certificado de disco de diamante triplo, tripla platina e permaneceu no topo do ranking das artistas mais ouvidas do país

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Conhecida como "Rainha da sofrência", Marília deixou o legado do Feminejo, segmento feminino do sertanejo universitário, e impulsionou o sucesso de outras mulheres no meio

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Ainda de acordo com Sales, o avião se chocou com a torre e ela, de fato, não estava sinalizada, mas que isso não era obrigatório. “Os fatores externos poderiam ter prejudicado, no entanto, não era obrigatória a sinalização. Os manuais de procedimento dessa aeronave não foram analisados pelo piloto, era dever de quem comandava a aeronave ter feito essa análise prévia.

De acordo com o delegado de polícia Sávio Assis, os pilotos não tomaram ciência das cartas de orientação e não tiveram ciência das consequências, visto a experiência do piloto, com mais de 33 anos de carreira. “Devido a uma consciência situação, por ter pilotado aviões de grande porte, visando conforto dos passageiros, ele alongou a perna do vento para fazer um pouso mais suave e foi uma tomada de decisão equivocada”, aponta ele.

“Todo crime culposo é possível de ser evitado, já que já previsibilidade”, reforçou o delegado.

Não havia necessidade de sinalização

Em maio deste ano, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório descartando falha mecânica e apontando que a avaliação inadequada do piloto contribuiu no acidente que matou a sertaneja.

Segundo o relatório, os cabos de alta tensão estavam abaixo da linha de visão dos pilotos já que, no momento do impacto, sua atenção estava direcionada para a pista de pouso. Também segundo o documento, os equipamentos de energia tinham baixo contraste com a vegetação do entorno, reduzindo a percepção a grandes distâncias.

No entanto, conforme as investigações, não havia necessidade de sinalização da estrutura, uma vez que a linha de transmissão estava fora da zona de proteção do aeródromo e das superfícies de aproximação ou decolagem e tinha altura inferior a 150 metros – 38,5 metros. Por isso, segundo o Cenipa, “não representava um efeito adverso à segurança”.

Mesmo assim, no dia 1º de setembro, a Cemig, que é a companhia de energia de Minas Gerais, instalou uma esfera de sinalização no cabo de uma torre de distribuição da empresa, onde o avião em que Marília estava caiu.

A instalação da esfera foi uma recomendação, em caráter excepicional, da Cenipa e do Comando Aéreo. De acordo com a Cemig, a recomendação foi atendida ainda que não houvesse “um fundamento legal e técnico, conforme reconhecido pelas duas instituições”.

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