Do Cristo ao caos: como fica imagem de Taylor Swift após shows no Rio

Nesta sexta (24/11), Taylor Swift inicia a passagem de The Eras Tour em São Paulo com a previsão de temporal que pode abalar seus shows

atualizado 24/11/2023 12:59

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Instagram/Reprodução

Recepcionada no Rio de Janeiro com homenagem no Cristo Redentor, Taylor Swift foi do céu ao inferno após uma sequência de acontecimentos negativos vinculados às primeiras apresentações de The Eras Tour no Brasil, incluindo a trágica morte de Ana Clara Benevides. A suspeita é de que a jovem de 23 anos tenha passado mal por causa da forte onda de calor que atingiu a capital fluminense, agravada pela falta de ventilação e escassez de água no Estádio Nilton Santos.

A tragédia levou a cantora norte-americana a cancelar a apresentação seguinte, em cima da hora, gerando uma onda de indignação. Já na madrugada de domingo (19/11),  Gabriel Mongenot, outro fã de Taylor, foi  assassinado após sofrer um assalto em Copacabana.  Ao se reencontrar com os fãs neste mesmo dia, a popstar não fez menção aos acontecimentos no palco, limitando-se a inclusão de uma música  sobre luto e despedida no setlist — homenagem que muita gente achou simplória demais.

Nesta sexta-feira (24/11), Taylor inicia a passagem de The Era Tour em São Paulo, no Allianz Parque, com um alerta de temporal que pode impor um novo desafio climático à produção. Esse, contudo, não será o único desafio da norte-americana.

Foto em preto e branco de reprodução das redes sociais sobre postagem de Taylor Swiftt
Mensagem de Taylor Swift sobre morte de fã no Rio

Na avaliação de Adriana Amaral, pesquisadora do CNPq e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias (Cultpop) da Unip, o desgaste à imagem da cantora é inegável. “A reputação é construída arduamente por astros pop, empresas, marcas… Mas a destruição dessa imagem pode ocorrer de forma muito rápida. Eu não diria que a imagem da Taylor foi destruída, mas ficou bem arranhada no Brasil”, opina Adriana.

Para a especialista, a distância adotada por Taylor desde o seu primeiro pronunciamento sobre a morte de Ana e os mais de mil desmaios registrados no primeiro show do Rio foi equivocada para a realidade brasileira. “Faltou esse entendimento sobre conexão, principalmente por ser uma cantora que vende empatia, que tem canções sobre essa questão de saúde mental”, diz.

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Ana Clara Benevides, fã que morreu no show da cantora Taylor Swift, no Rio

Reprodução/ Redes sociais
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Ana Clara Benevides teve uma parada respiratória

Reprodução/Instagram @acbenevidesm
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A jovem era fã de Taylor desde a adolescência

Reprodução/Instagram @acbenevidesm

A douturanda em Comunicação Tatyane Larrubia, que pesquisa a dinâmica de funcionamento de fã-clubes, endosssa a fala de Amaral. “A celebridade é construída através da imagem, da expectativa. E é impossível não quebrar as expectativas diante desses acontecimentos, até mesmo com os fãs mais fervorosos, que evitam atribuir culpa à cantora. Sobretudo porque ela sempre se mostrou uma personalidade muito ativa, disposta a lutar pelos seus ideais, bater de frente com grandes gravadoras. É claro que há uma quebra”, analisa. 

“Ainda é cedo para falar em danos à imagem”

Especialista em gestão de marketing e branding, Marcos Machado, professor da FIA Business School, concorda que o posicionamento de Taylor não foi apropriado, mas não acredita em danos permanentes à imagem da cantora. “Uma coisa é não se sentir responsável e não se responsabilizar pelo episódio negativo que ocorreu num show no qual as pessoas foram para te ver. Outra coisa é ignorar esse fato como se não tivesse nada a ver comigo”, diz ele, sobre a carta aberta divulgada por Taylor no sábado (18/11), após a repercussão da morte de Ana. 

“Ela poderia ter sido um pouco mais empática e um pouco mais próxima. Comentar no show, se solidarizar com a família, enfim. Houve um distanciamento um pouco maior do que eu recomendaria… Agora, isso vai trazer um dano para a imagem dela? Parece que não”, opina.

Especialista em gestão de marketing e branding, Marcos Machado

Marcos esclarece que embora seja cedo para estimar o tamanho do desgaste de Taylor perante os fãs, a repercussão da semana funciona como um termômetro. “A tendência é que um impacto negativo seja sempre mais forte no curto prazo e vá diminuindo com o tempo. As pessoas vão amenizando a sensação negativa, vão esquecendo, porque a gente quer gostar de quem a gente gosta”, explica. 

Sendo assim, é possível dizer que a passagem pelo Rio pode até ter deixado um gosto amargo na boca da cantora, mas não foi suficiente para abalar o público. Não à toa, depois da homenagem no Cristo, Taylor ganhou uma projeção na maior roda gigante da América Latina, a Roda Rico, à beira do Rio Pinheiros.

Então, se no curto prazo isso não aconteceu, a tendência é que não aconteça mais, a não ser que haja algum fato novo. Nesse curto prazo, a coisa ficou muito mais na conta da organização (Time For Fun)”.

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