Isabella: O Caso Nardoni peca pela falta de foco, mas pode ser sucesso na Netflix

Isabella: O Caso Nardoni, documentário que revive o assassinato de Isabella Nardoni, estreia na Netflix nesta quinta (17/8)

atualizado 16/08/2023 15:00

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Netflix/Divulgação

Isabella: O Caso Nardoni é mais uma produção da recente onda de “crimes verdadeiros” brasileiros (afinal, se são nacionais, por que falar em true crime?). O documentário, que estreia na Netflix nesta quinta-feira (17/8), reconta a trágica morte da menina que foi arremessada da janela.

A produção brasileira recente sobre tema se divide em ótimas produções, como a série Todo Dia a Mesma Noite e o documentário Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez, e outras de qualidade inferior, como Massacre na Escola – A Tragédia das Meninas de Realengo e os filmes A Menina que Matou os Pais. O Caso Nardoni inaugura uma terceira categoria: uma dos “bom, mas nem tanto”.

Isabella: O Caso Nardoni, em um primeiro momento, reconstitui a morte da menina Isabella Nardoni, ocorrida em 2008. Em seguida, o documentário aborda a imprensa sensacionalista, cai para possíveis falhas no laudo que incriminou os Nardoni, reconta o julgamento e esbarra em um mundo pré-redes sociais, nos quais “populares” ao invés de xingar no Twitter, iam para porta de tribunais e delegacias.

Foto colorida de Isabela Nardoni em cartaz de protesto - Metrópoles
Documentário mostra os protestos ocorridos após a morte de Isabella Nardoni

Sem dúvida são todos temas interessantes, mas, ao mesmo tempo, são muitos assuntos e nenhum parece ser o fio condutor da narrativa que os diretores Micael Langer e Cláudio Manoel apresentam. Por vezes, soa como um resumo, por outras, como uma tentativa de revisão do fato.

Isabella: O Caso Nardoni é bom?

Mas… tudo tem dois lados, né? E, no caso do documentário da Netflix, há um que é positivo. Ouvir Ana Carolina Oliveira falar sobre a filha e a reconstrução de sua própria vida dá força para a produção.

Porém, a ausência de depoimentos do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Ana Carolina Jatobá, prejudica o documentário. Um dos pontos que os diretores tentam abordar é, justamente, o fato que o casal vivia em uma relação desigual de poder, com Alexandre no papel de comando – no entanto, esses abusos são todos colocados pela criminóloga Ilana Casoy, autora de dois livros sobre o crime.

Sem dúvidas, esse seria um novo olhar, mais contemporâneo, para o caso. Entretanto, fica perdido nas várias frentes abertas, que não são concluídas.

Isabella: O Caso Nardoni deve ser um hit, surfa no sucesso dos crimes verdadeiros, mas peca, principalmente, pela falta de foco. É bom, mas nem tanto.

Avaliação: Regular

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