Carina Rissi apostou em uma viagem entre mundos e muito romance para criar a trama de Perdida, livro que ela publicou em 2011 e chegou aos cinemas nesta quinta-feira (13/7), sob direção de Katherine Chediak Putnam, Luiza Shelling Tubaldini e Dean W. Law. Assim como nas páginas do best-seller, o longa conta a história de Sofia (Giovanna Grigio), uma jovem moderna, independente e apaixonada pelos romances de Jane Austen. Um dia, ela cai em outro mundo após usar um celular emprestado. No local, que se assemelha ao século XIX, ela conhece Ian Clarke (Bruno Montaleone) tem a chance de viver tudo que sempre gostou de ler.
A personagem, entretanto, vai contra um movimento de diminuição de leitores no país. De acordo com a publicação Retratos da Leitura no Brasil, em 2022, apenas 52% dos brasileiros costumam ler, sendo que cerca de 30% nunca comprou um livro. “Esse dado é tão triste, não é? A falta de incentivo à leitura e a cultura de maneira geral [também são]. E o Brasil tem tanto a oferecer…”, avalia Carina. Mas ela acredita que as pessoas que vão ao cinema assistir Perdida podem ditar um novo comportamento.
“Sinceramente, espero que as pessoas saiam do cinema desejando um pouco mais de Sofia e Ian, de Elisa e Valentina, e se descubram leitores. O amor pela leitura é um bichinho inquieto, uma vez que ele te pica, não há volta”, continua.
Ela explica ainda que criou Sofia inspirada no próprio amor pelos livros: “Se estou lendo, é tão delicioso me identificar com a heroína, encontrar nossos pontos em comum, me sentir na pele dela”. O mesmo que ela entregou no livro pode ser conferido nos cinemas. Isso porque Carina Rissi garante que “o filme e o livro caminham de mãos dadas” e que todas as adaptações feitas podiam facilmente fazer parte do que ela escreveu.
Os protagonistas de Perdida
Nas telonas, a produção tem Giovanna Grigio e Bruno Montaleone nos papéis principais. A atriz conta que se assemelha muito à sua personagem quando o assunto é leitura. “Sempre gostei muito de ler, desde criança. Minha mãe incentivou muito esse hábito e levo para a minha vida. Sempre tenho um livrinho a tira colo”, garantiu. Na preferência, estão ficções, como as da escritora Carla Madeira, e biografias.
Bruno também divide um amor com Ian: animais. Diferente do galã, ele não cresceu em contato com cavalos, mas se dedicou para entender a fundo os gostos do personagem. “Minha preparação, para além de saber cavalgar bem, era entender o dia a dia de um criador de cavalos e, obviamente, dono de uma propriedade, então fui para uma fazenda e lá pude entender melhor sobre cada passo dessa área”, diz.
O preparo o ajudou a vencer o principal desafio do trabalho: manter a essência do Ian descrita no livro. “Ele é um presentão na minha vida, mas, ao mesmo tempo, carrega uma grande responsabilidade. Ao me deparar com a devoção das leitoras, fui tomando conta do quão importante seria minha dedicação máxima para dar vida a esse personagem”, detalha o ator.
