Cannes: Hypnotic, de Robert Rodriguez

Todo mundo leva muita à sério a proposta de filme B do diretor americano.

atualizado 18/01/2024 16:58

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Festival de Cannes/Divulgação

Em, algum lugar do planeta, Christopher Nolan está trocando as senhas de seus computadores na dúvida de Robert Rodriguez ter aprontado alguma em sua caixinha de ideias. Danny Rourke (Ben Affleck) é um detetive deprimido pela ausência de sua filha, misteriosamente desaparecida. Um dia, respondendo a um assalto a banco, Danny descobre uma nova pista. O roubo está sendo executado por pessoas que não se conhecem, obedecendo ordens de uma fonte misteriosa. Dentro do banco, Rourke encontra uma foto de sua filha, e eventualmente encontra o misterioso Dellrayne (William Fichtner), que parece estar envolvido.

Dellrayne parece controlar todos à sua volta e a busca de Rourke eventualmente leva a Diana Cruz (Alice Braga), que tem um conceito, digamos, intrigante a explicar. Existem no mundo “hipnóticos”, pessoas capazes de moldar a percepção da realidade de qualquer um a sua volta. É uma hipnose instantânea e super-poderosa, capaz de convencer alguém a fazer tudo que um hipnótico pede. Dellrayne fazia parte de um programa secreto, onde o governo buscava treinar estas habilidades e usar a ferramenta em defesa de seus interesses. Só que, um dia, o vilão decidiu servir a si mesmo.

Não é difícil deduzir que tudo que nos foi apresentado é passível de um ou mais twists num filme aonde personagens são capazes de controlar e mudar realidades. Mas a pior coisa que Rodriguez parece ter cribado de Nolan, porém, é o tom sério da coisa. Não existe ironia nas premissas do inglês, por mais ridículas que pareçam. Só que Nolan consegue construir suas tramas numa realidade séria, e Rodriguez não. Nenhum outro filme de sua carreira tenta ser tão sério quanto este, o mais ridículo de todos. Some a diversão ultra-violenta de “A Balada do Pistoleiro” para dar lugar a uma sobriedade sci-fi completamente sem-graça.

Deveria existir um lugar de punição específica para a pessoa que fica inserindo Alice Braga no meio de tantos filmes americanos ruins de ficção científica. Em “Hypnotic” ela é a guia-palestrinha, constantemente informando ao protagonista as regras do novo mundo em que ele entrou. Todo conceito sci-fi precisa um pouco disso: seus personagens habitam um mundo que parece o nosso, mas é paralelo, e por isso o espectador precisa descobrir como tudo funciona. Só que o papel de Diana não tem nada além disso. Talvez seja o treinamento que Braga buscava, afinal, uma atriz que consegue fazer diálogo horrível soar natural, consegue qualquer coisa.

Apesar da promessa de ser um filme pelo menos divertido, “Hypnotic” não sobressai a posição de ser uma perda de tempo.

Avaliação: Ruim (1 estrela)

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