Vendadas e amarradas, sogra e cunhada de cabeleireira ficaram 2 semanas em cativeiro

Vendedor revelou que recebeu R$ 2 mil para vigiar mulheres em cativeiro localizado em Planaltina (DF). Elas teriam sido mortas

atualizado 18/01/2023 16:49

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Imagem colorida mostra frame de reprodução de vídeo de local de cativeiro da família - Metrópoles Divulgação/DAS/Polícia Civil

Um dos presos por suspeita de participar da chacina da família da cabeleireira Elizamar da Silva, 39 anos, revelou, em depoimento, que vigiou a sogra e a cunhada dela em um cativeiro na cidade de Planaltina (DF) por duas semanas. Elas ficavam vendadas e amarradas.

O vendedor Fabrício Silva Canhedo, 34, disse à polícia, nessa terça-feira (17/1), que foi convidado por Gideon Batista, 55, outro preso, para que ajudasse no sequestro de Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25. Elas são, respectivamente, sogra e cunhada de Elizamar.

Gideon teria falado que o chefe do plano criminoso era Marcos Antônio Lopes de Oliveira, o sogro de Elizamar. De acordo com ele, Marcos ganharia R$ 100 mil pelo sequestro, e o dinheiro seria dividido entre os participantes do esquema.

R$ 2 mil pelo serviço

Fabrício relatou que recebeu R$ 2 mil pelo serviço. Segundo o vendedor, ao chegar ao cativeiro, as duas mulheres estavam com os olhos vendados, além dos braços e das pernas amarrados. Ele disse que fazia comida, vigiava e levava as vítimas ao banheiro, mas voltava à noite para casa.

Ainda de acordo com o vendedor, Gideon e Horácio Barbosa, 49, outro preso suspeito do crime, ficavam no cativeiro e dormiam no local. Os dois falavam com pessoas ao telefone, dizendo que estava tudo certo, mas Fabrício disse não saber quem era do outro lado da ligação.

No depoimento, Fabrício disse que ficou por duas semanas cuidando de Renata e Gabriela no cativeiro. O documento não esclarece mais detalhes, mas reportagem anterior do Metrópoles mostrou que os criminosos usavam os celulares das vítimas se passando por elas e dando uma falsa aparência de que estaria tudo bem.

Durante os dias de cativeiro, Gideon e Horácio tinham posse de um revólver calibre .38. O vendedor negou que tivesse acesso à arma. Marcos e Thiago Gabriel Belchior, sogro e marido de Elizamar, respectivamente, não apareciam no cativeiro.

No entanto, outras duas mulheres, Cláudia e Ana Beatriz, teriam sido levadas até o cativeiro, de mãos amarradas e olhos vendados, segundo Fabrício. A primeira seria ex-mulher de Marcos, o sogro de Elizamar, e a segunda, filha dele com Cláudia. Elas teriam permanecido no local apenas algumas horas, no período em que Renata e Gabriela foram levadas por Gideon e Horácio para serem executadas. Fabrício disse que vigiou Cláudia e Ana Beatriz nesse período.

Veja imagens do cativeiro:

Momento final

O fim do cativeiro e a suposta morte de Renata e Gabriela teriam ocorrido no último final de semana. No depoimento, Fabrício contou que, na madrugada de sábado (14/1) ou domingo (15/1), Gideon e Horácio saíram da casa com as mulheres.

Gideon teria saído em um Renault Scenic prata dirigindo e Horácio em um Fiat Siena branco, com as mulheres no banco de trás, ainda amarradas e vendadas.

“Ambos (Gideon e Horácio) falaram que iriam soltá-las e elas ficariam felizes”, informou Fabrício, em um trecho do depoimento.

O vendedor afirmou que não sabia o que seria feito com as mulheres e só ficou sabendo depois que um carro foi achado queimado com dois corpos dentro em reportagem jornalística e entendeu que seriam os de Renata e Gabriela. O Siena branco, de Marcos, foi encontrado com dois corpos carbonizados perto de Unaí (MG), na madrugada de segunda-feira (16/1).

Prisão

Inicialmente, a polícia prendeu Horácio e Gideon, pois eles foram flagrados em câmeras de monitoramento abastecendo galões de gasolina em postos de combustível.

No entanto, Horácio revelou que um dos carros usado no crime, o Renault Scenic prata, estava na casa do vendedor Fabrício, que também foi preso em flagrante. Segundo o vendedor, o carro foi deixado na casa dele na segunda-feira (16/1).

Segundo a polícia, no cativeiro, foram achados vários celulares, alguns enrolados em papel alumínio, uma mochila preta com um notebook, roupas femininas e documentos diversos. A polícia encontrou ainda objetos pessoais de todos os desaparecidos, inclusive de Cláudia, Ana Beatriz, Thiago e Marcos.

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