A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) frustrou os planos de parlamentares de analisar imagens do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Em resposta à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, a SSP informou não ter gravações do local.
O pedido foi feito pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). Ele solicitava as imagens dos dias 5 a 8 de janeiro.
“O acesso às imagens, capturadas pelas câmeras de segurança pública, ajudará a trazer luz aos trabalhos desta Comissão, tendo em vista que ampliará o campo de visão dos atos que acontecem naqueles dias trágicos para a sociedade brasileira”, informava, no requerimento.
Em resposta, porém, a pasta da segurança do DF alegou que “por tratar-se de área militar, não dispõe de câmeras do Projeto de Videomonitoramento Urbano (PVU) no local”. O ofício é assinado por Jonas Bessa de Paula, delegado da Polícia Civil e coordenador do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).
O Ciob reúne dezenas de órgãos, instituições e agências do DF voltados para a segurança pública, mobilidade, fiscalização, serviço e saúde, com monitoramento por câmeras espalhadas pela capital. No início do projeto, a SSP afirmou que ele seria fundamental “em casos complexos, a exemplo das manifestações populares”.
